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“Penitência que não gera conversão é em vão”, afirma Pe. Vilmar Barreto

Sacerdote fala sobre a diferença entre jejum e abstinência e alerta para o comportamento do cristão na Quaresma

O jejum e a abstinência são duas das práticas mais antigas e comuns dentro da Igreja, principalmente durante do período da Quaresma. Confira entrevista abaixo com o pároco da Paróquia Nossa Senhora da Libertação, Pe. Vilmar Barreto.

Qual a diferença entre o jejum e a abstinência?

Pe. Vilmar Barreto: De fato, o jejum é uma prática muito antiga na nossa igreja. Inclusive, nós já encontramos o tripé da penitência na Bíblia como uma prática. O jejum é uma forma de reeducarmos o nosso corpo. Por isso, na Quaresma, ele entra como uma forma de penitência, onde vamos reeducar o nosso corpo. Não é passar fome, isso é importante ressaltar, o jejum é uma forma de reeducar para viver bem a penitência e fazer um processo de conversão a partir do corpo. Seria também uma forma de mortificação, que não vai onerar a saúde. Então, para o jejum se coloca período, fases e retira-se uma alimentação do dia, que não deve ser o café da manhã. Já a abstinência é deixar de comer determinado alimento, de forma especial, a carne. Então, tem toda uma teologia a partir disso.

Quando essas práticas são recomendadas?

Pe. Vilmar Barreto: Você pode fazer conforme orientações de um diretor espiritual. É sempre bom ter orientação quando é fora da Quaresma. Na Quaresma estamos nos preparando para o momento ápice que é a Paixão, Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Então, nós estamos participando da cruz de Cristo. São Paulo, inclusive, fala que somos participantes da cruz de Cristo. Então, vivenciar essa penitência do jejum e da abstinência nos prepara melhor para fazer esse caminho espiritual no decorrer da Quaresma. É bom deixar claro que o jejum na Quaresma, a Igreja até pede para que o jejum seja feito sempre na sexta-feira, mas na Quaresma a orientação de obrigatoriedade é na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. É claro, que é preciso se atentar à saúde. Se há algum problema, o jejum não deve ser feito, ainda que tenha de 18 a 59 anos. Agora um ponto importante sobre o jejum e abstinência: eu tenho que procurar fazer abstinência da carne a partir dos 14 anos de idade e fazer abstinência daquilo que de fato se torna algo comum e prazeroso para mim.

Qual a orientação para os cristãos vivenciarem a Quaresma?

 Pe. Vilmar Barreto: Primeira coisa: faça uma boa confissão, não espere chegar Quarta-feira de Cinzas, já procure um sacerdote, e se tiver dúvidas já se oriente com ele. De uma forma, muito direta fazer projetos de mudança de vida que acontecerá dentro da Quaresma e não fazer dela um momento de dieta, ela não é para isso. Visitar o Santíssimo, estar com Jesus, e já fazer um propósito de mudança de vida porque penitência tem que gerar conversão, penitência que não gera conversão é em vão.

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