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Igreja celebra São José Operário, o pai adotivo de Jesus

Confira entrevista com Dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG). Ele é devoto, nascido no mesmo dia e batizado com o nome do santo

Nesta sexta-feira, 1º de maio, a Igreja celebra São José Operário. São José, na história das Sagradas Escrituras, era o pai adotivo de Jesus. Um homem trabalhador, que recebeu de Deus a missão de aceitar e amar Maria, a virgem grávida à espera de Jesus Cristo. Em entrevista especial, Dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG), falou sobre a história de vida e santidade de São José. De família devota, e Dom Darci José nasceu no dia 1º de maio e, por isso, recebeu em seu nome “José”. Para ele, uma homenagem e também uma inspiração.

O que representa São José Operário em sua vida?

Dom Darci José: Eu tenho um privilégio muito grande. Meu nome é Darci José e, justamente,  porque nasci no dia 1º de maio. E vida é bênção, portanto neste dia é dia de celebrar a bênção de Deus. Ele que me chamou à vida. E, particularmente, tenho como inspiração na minha vida este grande homem de Deus. Ele colaborou com Deus no serviço da salvação. É a grandeza de São José, o Pai adotivo de Jesus, um homem de fé que é inspiração para que eu também trabalhe, colabore, continue a obra de nosso Senhor, já que ele me presenteou com a vocação do sacerdócio. Eu estou fazendo 61 anos de vida, portanto já estou no grupo de risco neste tempo de pandemia. Então, agradeço a Deus em tudo aquilo que em sua bondade tem permitido que eu realize. São José Operário, acredito eu, que inspira todo homem de boa vontade a ser também colaborador de Deus.

Como a Sagrada Escritura nos revela sobre São José? Como podemos compreender esse aspecto tão bonito da vida de São José, o pai da Sagrada Família?

Dom Darci José: Fazer memória de São José é importante para ressaltar sua vida e suas virtudes. Na verdade, é por isso que fazemos memória de um santo. Para aprendermos com ele, pois é um exemplo. Sobre a vida de São José, não temos uma historiografia grande sobre ele, simplesmente alguns textos bíblicos que revelam a grandeza deste homem e como ele renunciou a si mesmo para justamente se colocar a serviço do projeto de Deus, precisa ser grande pra isso, renunciar para assumir um projeto que não era dele e passou a ser, somente na perspectiva da fé. Ora, o que aprendemos com isso? José desapareceu. Por que? Por que o foco está em Jesus. Toda sua vida foi direcionada no sentido de servir a Deus, servindo o filho de Deus. Então, José desaparece, ele é o homem do silêncio, porque o protagonismo do mistério da encarnação não estava nele, estava em Jesus. Então, sua atitude de silêncio corrige a nossa autossuficiência e olha, que isso está em voga no Brasil de hoje, não é verdade? Autoridades aí pouco olhando para o povo e olhando somente para si mesmo e seu futuro.  Um pecado e uma tristeza! Ah se eles aprendessem com São José, o homem do silêncio, que  se coloca humildemente a serviço.

Como a devoção influenciou na sua vida, na sua família e agora nesta missão episcopal em Diamantina?

Dom Darci José: Eu fui aprendendo aos poucos quem era São José e ele foi se tornando para mim uma referência e isso é muito importante para um homem que aceitou a vocação de ser sacerdote. Qual o serviço que nós fazemos enquanto sacerdotes? Se não o serviço que José fez no mistério da Encarnação? Deixar Deus trabalhar e estar sempre disponível para ser um instrumento eficaz. Então, neste sentido, como São José foi um instrumento eficaz nas mãos de Deus, para mim, ele sempre foi uma inspiração para que eu não fizesse a minha própria vontade, mas a vontade Deus. E isso é uma luta constante na vida da gente. E isso sempre foi um chamado de atenção: Jesus é o protagonista! Não queira agir sozinho! Esteja a serviço! Então, neste sentido que eu sempre olho para São José e me inspiro. Este homem de fé nos ensina a ser mais gente!

Porque a Igreja tem São José como seu patrono?

Dom Darci José: A Igreja tem a sua origem na família de São José. Jesus, Maria e José. Deus entregou a José os seus maiores tesouros: Maria e Jesus. Ele foi o provedor da família de Nazaré, ou seja, cuidou da Igreja nascente. Então, sabiamente a Igreja deu o título de patrono a São José, justamente porque a Igreja é a família de São José que precisa ser cuidada; e tê-lo como protetor é fundamental justamente para que a Igreja, além de ser cuidada não se desvie da sua missão principal, que é fazer Jesus Cristo conhecido e amado. Então, a Igreja precisa se inspirar em São José para continuar a ser a família de Deus.

 

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