É preciso mudar os hábitos, viver uma economia e organizar a vida coletiva
Nesta quinta-feira, dia 22 de setembro, é comemorado o Dia Mundial Sem Carro. A data surgiu em 1997, na França, e visa estimular as pessoas a deixarem seus automóveis na garagem e refletirem sobre o uso excessivo dessas conduções particulares. A ideia é que, nesse dia, motoristas experimentem formas alternativas de locomoção pelas cidades.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a frota total de veículos ultrapassa os 100 milhões. “os governantes não pensam na bicicleta como um meio de transporte. Faltam vias e segurança, por isso, pedalo apenas à noite e aos finais de semana, além de ser em grupo”, relata o ciclista, Douglas Oliveira.
A Igreja do Brasil, por meio da Campanha da Fraternidade de 1979, já apresentava preocupação em relação ao cuidado com o equilíbrio ambiental, que teve como lema “Preserve o que é de todos”, antecipando a temática da Ecologia Integral. “O ser humano já tornou-se dependente do carro. É um dia para chamar atenção da população, no que podem contribuir para melhorar a vida nas cidades, seja a pé ou de bicicleta, mas que mudem o comportamento”, informa o Engenheiro de Trânsito e Transporte, Marcos Rothen.
A sociedade deve compreender que as condições climáticas, poluição do ar, dos solos e águas, extinção das espécies e de proliferação de doenças estão interligadas com o modo de consumo. É preciso mudar os hábitos, viver uma economia e organizar a vida coletiva.
Ainda de acordo com o engenheiro, as pessoas perdem quase duas horas por dia no trânsito. “Ser refém de carro traz poluição, ocupação dos espaços e perda de tempo. As pessoas estão cada vez mais estressadas devido ao tempo que ficam paradas no trânsito”.