IMAGEM: Agência Santo Afonso

Problemas relacionados à saúde mental atingem milhares de pessoas, de todas as idades, em um crescimento preocupante. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão, um total de 11,5 milhões de casos. O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas.

Transtorno de ansiedade é uma realidade enfrentada por muitos, em todas as relações pessoais. Segundo a psicóloga, Nádia Santana, “quando falamos em saúde mental, temos muitos preconceitos. A ansiedade e depressão podem levar ao ato de suicídio, por isso, é muito importante estarmos atentos as pessoas que estão ao nosso redor, e ter uma escuta ativa ao próximo”.

A psicóloga relata ainda que os sintomas podem variar, mas, em geral, pessoas sob risco de suicídio podem apresentar “comportamento retraído, dificuldades para relacionar-se com família e amigos, apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia”.

Uma ação para reduzir esses dados alarmantes é a arte de escutar o outro. Para Nádia, “a arte de escuta deve ser passiva, apenas com perguntas que levem a pessoa em sofrimento a contar os fatos. Apesar da psicologia estar disponível para auxiliar, o primeiro contato é feito por pessoas próximas, e essas, devem indicar a busca por assistência médica especializada. Só assim, será possível identificar a causa do sofrimento, e encontrar o alívio mental”.

A depressão é um mal que acompanha a vida de muitas pessoas. Independentemente de quando ela surge, seja na infância, adolescência, vida adulta ou idoso, a doença é capaz de levar muitos a uma vida mais reclusa. Após identificado o problema, é necessário buscar ajuda espiritual e médica.

A prevenção ao suicídio se faz com pequenas ações. “Cada um de nós pode diminuir os julgamentos ao outro, compreender, que certas falas não devem ser usadas. Devemos pensar antes de falar, assim, evitamos causar sofrimento ao nosso próximo”, afirma Nádia.

Setembro Amarelo

Setembro Amarelo é uma campanha criada com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, uma prática, em muitos casos, motivada pela depressão. Mesmo com tantos casos, existe um enorme tabu para falar sobre o assunto.