“O quadro requer medicação regular para que se reduza os riscos de óbito”, pneumologista, Ricardo Dourado
Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a asma mata um a quatro brasileiros a cada quatro horas. Apesar de existir tratamento, 9 em cada 10 pacientes com asma não têm a doença sob controle.
A doença acomete as vias respiratórias, principalmente os brônquios – tubos que levam o ar para dentro dos pulmões -, fazendo com que fiquem inflamados, inchados e com muco ou secreção, impedindo a passagem de oxigênio necessária durante crises.
É uma doença mais comum na infância, mas também pode ocorrer na fase adulta, atingindo a saúde de idosos. Ao desenvolver em pessoas a partir dos 60 anos. De acordo com o pneumologista, Ricardo Dourado, a doença é muitas vezes confundida com a bronquite. O diagnóstico é feito com exame de raio-x ou imagem.
Segundo o médico, o quadro mais grave da asma pode causar ataque súbito acompanhado com parada respiratória. “O tratamento é feito de forma ligada à imunoterapia, no combate a alergias. Hoje, temos que lidar com a asma pós-Covid, que após três meses de bronquite vira quadro asmático, além de casos de trombose. Por isso, é necessário uma avaliação médica e tratamento nos primeiros sintomas”, informa o especialista.
Algumas pessoas tomam medicamentos por conta própria, o que deixa o organismo resistente à medicação correta. “O quadro requer medicação regular para que se reduza os riscos. A crise de asma pode levar a pessoa até mesmo a uma parada cardíaca. Portanto, ao observar a manifestação dos sinais, é fundamental buscar diagnóstico e tratamento adequado para o problema”, diz o pneumologista.
Como tratar asma em idosos?
- Manter os ambientes limpos e evitar o acúmulo de poeira;
- Não fumar e evitar situações de fumo passivo;
- Evitar locais com pouca ventilação e sem incidência de luz do sol;
- Higienizar frequentemente roupas de cama e travesseiros;
- Identificar os sintomas iniciais da crise e controlá-los para que o quadro não evolua;
- Proteger-se do frio e evitar mudanças bruscas de temperatura;
- Não esperar os sintomas surgirem para então se preocupar com o tratamento.