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Pessoas com deficiência ainda encontram obstáculos no mercado de trabalho

“Deficiência não é incapacidade”, Willian Veloso

IMAGEM: Agência Santo Afonso

De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho ainda é um obstáculo. Apenas 28,3% das pessoas com deficiência estão posicionadas em atividades remuneradas, menos da metade das que não possuem qualquer tipo de deficiência. Outro fator é o nível de escolaridade, quase 68% da população com deficiência não possui o ensino fundamental.

O advogado, Willian Veloso, sofreu um acidente que o deixou paraplégico, quando tinha 17 anos. Ele sofreu preconceito e discriminação, mas continuou lutando por seus ideais. “Sou deficiente há mais de 30 anos. Quando entrei nesse mundo, encontrei um país desprovido de proteção jurídica para esse público. Procurei mostrar para a sociedade que a deficiência não define a capacidade, o que precisa é dar oportunidades”, informa o advogado.

As deficiências são divididas em leves, moderadas e graves. “É imprescindível mostrar o quanto a pessoa com deficiência, como cidadão de direito, necessita de espaço. O preconceito e a discriminação são combatidos o tempo todo por meio de ações. A busca maior é em relação ao mercado de trabalho, educação inclusiva e lazer, só assim, criamos uma sociedade igualitária”, declara Willian.

Desde 1988 está previsto o amparo da pessoa com deficiência na Constituição Federal. “É considerada pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

A lei foi criada para garantir que os direitos sejam sempre exercidos. O advogado e professor, Diego Magalhães, que é deficiente físico desde os 15 anos de idade, explica que muito já foi feito, mas ainda está longe da pessoa que tem alguma dificuldade motora ter todos os seus direitos exercidos. “O que deve ter é uma fiscalização e também a colaboração do poder público para que as garantias e direitos sejam respeitados, principalmente na acessibilidade arquitetônica, questões de informação no acesso a conteúdo de mídia. Tudo isso para garantir o conhecimento”, esclarece Diego.

Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades. Todos têm a responsabilidade na tentativa de lutar a favor da causa das pessoas com deficiência.

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1 Cometários
  • Leandro de Lima Soares
    13/10/2022 - 18:25:11

    Parabéns pela reportagem. Agradeço a TV Pai Eterno por me dar a oportunidade de trabalhar na empresa, sendo eu uma pessoa PCD.

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