Notícias

Pós-eleições: cenário político mexe com as emoções da população

“É preciso atentar-se aos sentimentos e cuidar da saúde”, conta Nadilah Peres

IMAGEM: Agência Santo Afonso

No dia 30 de outubro o Brasil conheceu o novo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Eleito no segundo turno, com mais de 60 milhões de votos. Ficando à frente do atual presidente, Jair Messias Bolsonaro, que obteve quase 59 milhões de votos computados.

Após o resultado das urnas, o país começou a viver uma realidade que para muitos é assustadora. Milhares de pessoas apoiadoras do Partido Liberal (PL) foram às ruas protestar, realizando bloqueios de rodovias, algo que é considerado antidemocrático. “Já era esperado algum tumulto após as eleições. No segundo turno a diferença foi pequena, por isso, o atual presidente não ficou insinuando fraude, como anteriormente havia falado. Ir para as ruas e protestar é um direito, mas, bloquear rodovias prejudica toda a sociedade”, afirma o sociólogo Rubens Goyata.

Diante dos bloqueios de rodovias promovidos por caminhoneiros e grupos inconformados com a derrota, ambulâncias não conseguiam levar enfermos para tratamentos, pessoas perderam voos, instaurou-se um verdadeiro caos. “Estão contestando o resultado de uma eleição que foi reconhecido até por observadores internacionais. Essas manifestações estão gerando um desabastecimento de itens indispensáveis para toda sociedade”, explicou o sociólogo.

Emoções

O período eleitoral deste ano foi marcado de forma profunda, com discussões acirradas nas redes sociais, ruas, e entre amigos e familiares. Antes do resultado das eleições, especialistas notaram sentimentos de exaustão entre a maioria das pessoas, para eles, uma parte da sociedade vê como luto o momento vivido. “É muito notório o impacto dos pacientes que chegam no consultório. Estão abalados e comovidos com toda situação, alguns não conseguem trabalhar e concentrar-se, deixando até mesmo os afazeres domésticos por conta do resultado das eleições”, relata a psicóloga Nadilah Peres.

Uma das maiores demonstrações é a indignação por não concordar com os resultados das eleições, gerando medo e emoções conturbadas em grande parte da população. “É preciso atentar-se aos sentimentos, cuidar da saúde, e compreender quando não se está conseguindo lidar com tudo sozinho. O acúmulo de estresse, ansiedade, crise de pânico precisam de um acompanhamento profissional”, finaliza a psicóloga.


Deixe o seu Comentário


Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site, e podem passar por moderação.

TV Pai Eterno

Baixe o aplicativo Pai Eterno


Google Play
App Store
© Copyright, Afipe - Associação Filhos do Pai Eterno