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Transtornos alimentares são condições psiquiátricas caracterizadas por alterações persistentes relacionadas aos hábitos alimentares. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo sejam afetadas por algum transtorno alimentar, incluindo anorexia, bulimia, compulsão alimentar e outros.

De acordo com a psicóloga Rejane Sbrissa, o tratamento é multidisciplinar. “É importante o acompanhamento de psiquiatra, psicólogo e nutricionista. O comer compulsivo, muitas vezes dá para resolver apenas com nutricionista. Já a anorexia e bulimia precisam de acompanhamento com especialistas da área da saúde voltados para doenças emocionais, pois, a depressão está associada ao comer compulsivo”.

As mulheres são as mais acometidas por esses distúrbios, sendo a anorexia a de maior incidência no público de 12 a 17 anos e a bulimia se mostrando mais presente no início da vida adulta. “Muitas vezes é difícil detectar o problema dentro de casa, devido aos padrões de beleza impostos pela sociedade. Quando a pessoa perde muitos nutrientes, a unha começa a quebrar e o cabelo a cair é que os familiares percebem”, explica a psicóloga.

Os transtornos alimentares complexos são influenciados por inúmeros fatores. Geralmente por uma combinação de anormalidades biológicas, psicológicas e/ou ambientais. E o papel do nutricionista é fundamental para ajudar a tratar a doença.

“Quem sofre desses transtornos contam as calorias dos alimentos. É preciso um trabalho informativo sobre quais alimentos são necessários para nutrir o corpo, e qual o melhor horário para o consumo”, informa a nutricionista Nathália Siqueira.

Ela ainda explica que o tratamento baseia-se na forma de diálogo. “É essencial uma abordagem comportamental e educacional. Sem dieta, apenas uma reeducação alimentar”, finaliza Nathália.