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Instituto Butantan desenvolve vacina contra a chikungunya

Nos primeiros testes, vacina apresentou taxas de proteção e segurança superiores a 98%

Reprodução / freepik

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Brasil tem a maior incidência de casos de chikungunya das Américas. São 247.537 do total de 250.573 notificados nos países das Américas do Sul, Central e do Norte até agosto deste ano.

Apesar de óbitos por chikungunya serem considerados mais raros, das 75 mortes notificadas nas Américas em 2022 pelo PLISA, todas ocorreram no Brasil. Um número alto, se comparado com 2021, quando foram notificadas 12 mortes pelo vírus no país.

A vacinação contra Chikungunya é considerada uma estratégia eficaz no combate aos surtos no Brasil. Por isso, o Instituto Butantan deu um importante passo na busca pela vacina contra a chikungunya. O imunizante vem sendo desenvolvido nos últimos anos, e está em fase de teste em jovens no Brasil.

Antes, os estudos de fase 1 a 3 foram realizados nos Estados Unidos, com voluntários de idade superior a 18 anos. A vacina apresentou taxas de proteção e segurança superiores a 98%. A nova rodada de testes pode ser suficiente para alcançar dados necessários para submeter a vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o Gestor médico de desenvolvimento clínico do Butantan, Eolo Morandi, “O registro concedido pela Anvisa já poderá contemplar a população adolescente no momento da aprovação”.

Do que é feita a vacina contra chikungunya?

A vacina VLA1553-321 é de vírus vivo atenuado. Vacinas atenuadas contêm o agente infeccioso vivo, mas extremamente enfraquecido e incapaz de causar a doença. Essa tecnologia é considerada segura para não infectar o imunizado e bastante conhecida, já que é usada em imunizantes contra sarampo, caxumba, febre amarela e poliomielite oral – todas usadas em crianças, jovens e adultos no Brasil.

A vacina vai proteger contra chikungunya?

O estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou que o imunizante induz a produção de anticorpos neutralizantes na ordem de 98,9% até 28 dias após a vacinação, e mantém os níveis de anticorpos neutralizantes elevados em até 96,3%, ao longo de seis meses após a vacinação. O estudo clínico no Brasil pretende avaliar o grau de segurança e a imunogenicidade da vacina na população brasileira.


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