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O adeus a Bento XVI

Funeral adotou o protocolo de um Papa reinante, porém com algumas modificações

Reprodução / Vatican Media

Milhares de fiéis se reuniram para o funeral do Papa Bento XVI, na manhã desta quinta-feira (5), na Praça de São Pedro, no Vaticano. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas participaram do funeral, entre as quais inúmeras autoridades e chefes de Estado. Celebraram com o Papa Francisco, o cardeal-decano Giovanni Battista Re, mais de 120 cardeais, 400 bispos e quase quatro mil sacerdotes.

O funeral adotou o protocolo de um Papa reinante, porém com algumas modificações. Durante a homilia, o Papa comentou a leitura extraída de Lucas 23, 46, com atenção especial para a seguinte frase: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.

“São as últimas palavras que o Senhor pronunciou na cruz; quase poderíamos dizer, o seu último suspiro, capaz de confirmar aquilo que caracterizou toda a sua vida: uma entrega contínua nas mãos de seu Pai. Mãos de perdão e compaixão, de cura e misericórdia, mãos de unção e bênção.”

O Santo Padre fez referências nos textos do Papa Emérito: a Encíclica “Deus caritas est”, a homilia na Missa Crismal de 2006 e a missa do início do pontificado de Bento XVI. Citações que traçam o perfil do seu pastoreio, que se deixou cinzelar pela vontade do Pai, carregando aos ombros todas as consequências e dificuldades do Evangelho até ao ponto de ver as suas mãos chagadas por amor.

Oração do Papa Francisco

Dedicação agradecida feita de serviço ao Senhor e ao seu Povo que nasce da certeza de se ter recebido um dom totalmente gratuito.

“Também nós, firmemente unidos às últimas palavras do Senhor e ao testemunho que marcou a sua vida, queremos, como comunidade eclesial, seguir as suas pegadas e confiar o nosso irmão às mãos do Pai: que estas mãos misericordiosas encontrem a sua lâmpada acesa com o azeite do Evangelho, que ele difundiu e testemunhou durante a sua vida.”

Funeral marcado pela simplicidade

Para Francisco, Bento XVI cultivou a consciência do pastor que não pode carregar sozinho aquilo que, na realidade, nunca poderia sustentar sozinho e, por isso, soube abandonar-se à oração e ao cuidado do povo que lhe está confiado.

“Queremos dizer juntos: ‘Pai, nas tuas mãos entregamos o seu espírito’. Bento, fiel amigo do Esposo, que a tua alegria seja perfeita escutando definitivamente e para sempre a sua voz!”

 

 


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