Reinfecção pode vir acompanhada de sintomas mais fortes
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Já se passaram 3 anos desde que a Covid-19 foi identificada, e ainda são muitos os mistérios em torno da doença. Para quem já testou positivo, e acredita que o organismo já estaria imunizado ou, quem sabe, uma nova infecção teria poucos sintomas, se engana.
Enquanto algumas pessoas ainda não enfrentaram o coronavírus, outras já foram contaminadas por mais de uma vez. Esse é o caso do gestor público Cláudio Prado, que está se recuperando pela terceira vez. “A primeira foi dez dias de internação, as outras duas foram mais brandas, mesmo assim os sintomas incomodaram muito”, conta o gestor.
Logo nos primeiros meses de pandemia, ainda sem a vacinação disponível, ao mesmo tempo que se recuperava da contaminação, o Cláudio perdeu o pai por complicações da Covid-19. Hoje, com o cartão de vacinas atualizado, mesmo tendo outras comorbidades ele se sente psicologicamente mais forte, e isso é fundamental na luta contra o vírus.
“Fiquei doente no mesmo período que meu irmão. Ele deu entrada um dia antes do que eu no hospital, e ficou 14 dias entubado. Dois dias após eu sair, meu pai foi hospitalizado, e sete dias depois venho a falecer. Desta vez, com as vacinas em dia eu fiquei mais tranquilo”, disse Cláudio.
Nem sempre os contaminados pela Covid-19 são como o Cláudio, que a cada vez que enfrenta a doença passa por sintomas mais leves. Alguns pacientes sofrem mais, os sintomas variam de acordo com cada organismo. O que mudou ao longo desses quase três anos, é que com as novas variantes os sinais que apontam a chegada do vírus estão diferentes.
“À medida que as variantes vão surgindo, principalmente com a Ômicron que predomina hoje, os sintomas da perda de olfato e paladar reduziram. Atualmente é febre, mal estar, dor de garganta e sintomas respiratórios se confundindo muito com gripe. Em alguns casos, até com quadro diarreico intenso”, explica o médico infectologista Marcelo Daher.
Diante do aumento dos casos de Covid-19, fica perceptível a importância de se prevenir e tomar os cuidados do início da pandemia, como por exemplo, utilizar a máscara e evitar locais de grande aglomeração.
A evolução dos estudos e as novas descobertas sobre o vírus foram fundamentais para que os períodos de isolamento se tornassem menores, já que hoje é possível ter uma noção maior sobre o potencial de transmissão de cada paciente.
A certeza que a medicina já tem sobre o vírus, é que ele não vai deixar de existir. “Teremos novas vacinas, e provavelmente vire rotina. Não sabemos quantas ondas teremos no ano, então, as pesquisas se encaminham para a criação de uma vacina que previna muitos vírus”, finaliza o médico.
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