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5º dia da semana de oração pela unidade cristã

Cantando um canto do Senhor em terra estrangeira

Este domingo (22), é o quinto dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2023. A campanha é promovida pela Charis, que opera os trabalhos promovendo a unidade do corpo de Cristo, como expresso na oração de Jesus Cristo. Dedique-se na leitura e reflexão abaixo.

Leituras

Salmo 137, 1-4

Ali os conquistadores nos pediram canções, e os nossos raptores, melodias alegres: Cantai para nós algum canto de Sião.

Lucas 23, 27-31

Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, mas chorai por vós mesmas e por vossos filhos.

Reflexão

O lamento do salmista tem origem no exílio de Judá na Babilônia. No entanto, a dor do exílio é uma dor que repercute ao longo do tempo e da cultura. Talvez o salmista tenha gritado aos céus esse refrão. Talvez cada versículo tenha ganhado voz entre profundos soluços de tristeza. Talvez esse poema tenha nascido com um gesto de indiferença que somente pode acontecer quando a pessoa vive dentro da injustiça e se sente sem poder para realizar alguma mudança significativa. No entanto, as palavras foram lançadas, a dor do coração dessa passagem encontrou ressonância nos corações daqueles que são tratados como estrangeiros em outras terras ou na sua própria terra.

O pedido no salmo vem do fato do opressor sorrir e ter alegria, cantar as canções de um passado “feliz”. Esse pedido foi feito aos povos marginalizados ao longo da história. Seja em shows de menestrel, danças de Gueixas ou shows de índios e vaqueiros do Oeste selvagem. Os opressores frequentemente ordenavam aos oprimidos que se apresentassem num espetáculo alegre para garantir a sua própria sobrevivência. A mensagem dos opressores é tão simples como é cruel: as canções deles, suas cerimônias, sua identidade cultural, aquilo que os tornava sacramente únicos só seriam permitidos se estivessem a serviço de quem estava no comando.

Nesse Salmo gerações de oprimidos tiveram voz. Como poderíamos cantar a canção do Senhor sendo estrangeiros em nossa própria terra? Não cantamos para nossos captores, mas para louvar a Deus. Cantamos porque estamos cercados por uma nuvem de testemunhas. Os antepassados e os santos nos inspiram. Eles nos encorajam a cantar canções de esperança, canções de libertação, canções de uma terra natal onde um povo é restaurado.

Unidade dos Cristãos

O Evangelho de Lucas lembra que o povo, com muitas mulheres, seguiu a Jesus mesmo quando ele carregava sua cruz para o Calvário. Esse seguimento é um discipulado fiel. Além disso, Jesus reconhece as lutas deles e o sofrimento que terão de suportar ao carregar fielmente suas próprias cruzes.

Graças ao movimento ecumênico, os cristãos hoje partilham hinos, orações, reflexões e pontos de vista enriquecidos pelas várias tradições. Recebemos isso uns dos outros como dons nascidos da fé e do discipulado amoroso, frequentemente em meio a disputas, de cristãos de comunidades diferentes da nossa. Esses dons partilhados são riquezas a serem valorizadas e dão testemunho da fé que partilhamos.

Desafio

Como recordamos as histórias dos antepassados e dos santos que viveram em nosso meio e cantaram hinos de fé, esperança e libertação do cativeiro?

Oração

Deus dos oprimidos, abri nossos olhos para os danos que continuam sendo infligidos a nossas irmãs e irmãos em Cristo. Venha o vosso Espírito dar-nos a coragem para cantar em uníssono e erguer nossas vozes com aqueles que sofrem sem ser ouvidos. Isso vos pedimos em nome de Jesus. Amém.


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