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“Sede construtores de uma Igreja missionária e sinodal”, diz Papa aos párocos

Com discernimento pastoral para uma Igreja Sinodal

Reprodução: Vatican Media

Da redação, com Boletim da Santa Sé

Em carta aos párocos, por ocasião de encontro internacional realizado em Roma, Papa deixa recomendações para inspirar o estilo de vida e a ação dos pastores. “A Igreja não poderia caminhar sem o vosso empenho e serviço”, disse o Papa Francisco na carta dirigida aos párocos nesta quinta-feira, dia 2 de maio.

É uma carta de um pai que conhece as dificuldades de seus filhos, mas que os estimula a seguir adiante para o bem da Igreja e da missão para a qual foram chamados. Foi assim que o Papa Francisco se dirigiu aos cerca de 300 participantes, vindos do mundo inteiro, para o evento organizado pela Secretaria Geral do Sínodo e pelo Dicastério para o Clero, em acordo com os Dicastérios para a Evangelização e para as Igrejas Orientais.

No texto, Francisco recorda a importância de uma Igreja sinodal que precisa de seus párocos. “Nunca nos tornaremos uma Igreja sinodal missionária”, diz a Carta, “se as comunidades paroquiais não fizerem da participação de todos os batizados na única missão de proclamar o Evangelho o traço característico de sua vida. Se as paróquias não forem sinodais e missionárias, a Igreja também não o será”.

Há três indicações que o Papa sugere aos párocos. Ele recomenda colher os frutos que o Espírito espalha no Povo de Deus. “Estou convencido”, escreve ele, “de que assim fareis surgir muitos tesouros escondidos e encontrar-vos-eis menos sós na grande missão de evangelizar, experimentando a alegria duma paternidade genuína que não sufoca nos outros, homens e mulheres, suas muitas potencialidades preciosas, antes fá-las sobressair”.

Francisco convidou a praticar o método da “conversação no Espírito”, que tem ajudado muito no caminho sinodal. “O discernimento é um elemento-chave da ação pastoral duma Igreja sinodal”, porque implementado no âmbito pastoral ilumina “a concretude da vida eclesial”, reconhecendo os carismas, confiando “com sabedoria tarefas e ministérios”, planejando “à luz do Espírito os caminhos pastorais, indo além da simples programação de atividades”.

Fraternidade
A outra palavra-chave da Carta do Papa é fraternidade, compartilhar com os irmãos sacerdotes e bispos. “Não podemos ser autênticos pais, se não formos, antes de tudo, filhos e irmãos. E não seremos capazes de suscitar comunhão e a participação nas comunidades que nos foram confiadas se, primeiro, não as vivermos entre nós”. Um compromisso que poderá parecer excessivo, reconhece o Papa, mas na realidade é verdade o contrário: “só assim somos credíveis e nossa ação não desperdiça o que os outros já construíram”.

Missionários da sinodalidade
Concluindo, Francisco exorta os párocos a se tornarem missionários da sinodalidade também em seu ministério diário, tendo em vista a Segunda Sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que vai se realizar em outubro próximo. A voz dos sacerdotes, insiste o Papa, deve ser ouvida para que sua contribuição ao Sínodo seja cada vez mais decisiva: “Ouvir os pastores foi o objetivo desta Reunião Internacional, mas isso não pode terminar hoje: precisamos continuar a ouvir-nos”.


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