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Nesta quinta-feira (26), o Papa Francisco recebeu em audiência alguns membros do Instituto Europeu de Estudos Internacionais de Salamanca, na Espanha. Durante o encontro, o Santo Padre disse que “é um prazer recebê-los novamente nesta casa e partilhar mais uma vez com vocês o fruto de suas pesquisas sobre a realidade política e social atual”.

Ele abordou também que a paz entre os homens é um bem essencial pelo qual todos devem trabalhar com zelo e suplicar com fervor a Deus. Segundo o Papa, é “difícil pacificar, porque a primeira reação que temos é a de pegar uma pedra e jogá-la no outro, declarar guerra. Depois, negociar, não. Pacificar é mais fácil se você tomar as providências”, disse ele.

Na sequência, Francisco citou um trecho de sua Encíclica Fratelli tutti: «Toda a guerra deixa o mundo pior do que o encontrou. A guerra é um fracasso da política e um fracasso da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota perante as forças do mal».

E ainda provocou os presentes ao questionar: “se pensarmos que nos últimos tempos ocorreram três guerras mundiais, de 1914 a 1918, de 1939 a 1945, e essa atual que é uma guerra mundial. Como entendemos isso?”.

“Se pensarmos que o orçamento mais importante é o da fabricação de armas, e que com um ano sem fabricar armas, o problema da fome no mundo seria resolvido, ou seja, já temos uma orientação belicista de destruição. Se pensarmos que hoje a tecnologia das armas chega a um ponto que com uma única bomba uma cidade inteira pode ser destruída. O que esperamos? Estamos a caminho… parece que não se entende isso. É por isso que a luta pelo entendimento humano e pela paz deve ser incansável, não podemos nos dar ao luxo de tirar férias disso”.

De acordo com Francisco, deve-se tirar uma lição de vida do fracasso da guerra. “A guerra é terrível. Porém, não devemos desistir, algo novo pode nascer dessas cinzas, nesse fracasso podemos tirar uma lição de vida. A guerra é muito difícil. Mas temos que reagir, a guerra é terrível. Temos que fazer algo novo com esse fracasso e tirar uma lição de vida”, frisou o Papa.

Ainda destacou: “Se com a nossa oração e com o nosso trabalho soubermos dar soluções, unir esforços, testemunhar que o amor, a fraternidade e o verdadeiro humanismo que nasce da fé vencem o ódio, a rejeição e a brutalidade. É um desafio que vocês aceitaram e agradeço-lhes por esse desejo de contribuir, a partir de sua ciência, com elementos válidos que ajudem a todos a seguir adiante no caminho da fraternidade, no caminho da paz e da unidade humana”, concluiu.