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“Eu chego para continuar a missão”, afirma o novo reitor do Santuário do Divino Pai Eterno

Ainda estamos respirando a atmosfera da sinodalidade, que quer dizer, caminhar juntos

Foto: Agência Santo Afonso

Pe. Marco Aurélio Martins da Silva, 44 anos, Missionário Redentorista. Foi nomeado reitor pelo Pe. João Paulo Santos, Superior Provincial, para, juntamente com uma comunidade formada por vários dos seus confrades, animar a evangelização no Santuário do Pai Eterno, em Trindade (GO). No sábado, 28 de janeiro, ele tomou posse como novo reitor e animador do novo trabalho numa celebração que contou com a participação do senhor arcebispo da arquidiocese de Goiânia, naturalmente, e de vários colegas sacerdotes e religiosos. O povo se fez presente com alegria. O portal paieterno.com conversou com ele.

O senhor está feliz?

Sim. Muito feliz. Não com aquela felicidade oca vinda do fato de ocupar cargos na Igreja. A felicidade que sinto é aquela de honrar o Pai Eterno, na missão para a qual me consagrei na Congregação Redentorista, anunciando explicitamente a Palavra de Deus. A felicidade de não trabalhar sozinho, mas de ter uma comunidade apostólica que age e que serve às pessoas que vêm ao nosso Santuário. A felicidade de poder contar com a confiança dos meus superiores, do senhor arcebispo e, principalmente, do nosso povo.

O trabalho de evangelização tem crescido muito com a chegada de muitos devotos de todo o Brasil semanalmente a Trindade. Como o senhor encara esse movimento?

Veja você: é nisso que está a beleza e a alegria de ser um missionário. Eu assumo uma tarefa que foi carinhosamente cuidada desde a chegada dos nossos missionários alemães aqui em Goiás, no final do século 19. Cada padre, cada irmão religioso, cada leigo e leiga que agiu desde aquele tempo até os nossos dias têm um mérito especial. Eu chego para continuar a missão. Eu chego para oferecer minha inteligência, minha capacidade de trabalho e o meu entusiasmo para dar continuidade a esse trabalho lindo que, como você disse, tem crescido tanto. E é maravilhoso ver a chegada dos ônibus, todos os finais de semana. A chegada das pessoas a pé ou em carros que vêm de Goiânia, como também a presença sempre assídua dos trindadenses fervorosos. É animador abraçar um trabalho como esse.

A mensagem central pregada em Trindade é que Deus é Pai. O que o senhor sente diante desse enorme desafio de comunicar essa verdade?

Na semana passada, no dia de São Francisco de Sales, dia 24 de janeiro, o Papa Francisco emitiu uma mensagem maravilhosa a todos os comunicadores do mundo, especialmente aos cristãos. Eu trago um pensamento dela para responder sua pergunta. O Papa falou justamente sobre uma escuta sem preconceitos, atenta e disponível, em que pode nascer um falar segundo o estilo de Deus, que se sustenta de proximidade, compaixão e ternura. São essas as marcas que o nosso anúncio precisaria ir consolidando. Anunciamos Deus Pai que escuta com atenção e disponibilidade.  Eu estou certo de que muitos dos devotos que chegam ao Santuário, no silêncio do coração, enquanto participam das celebrações, falam e o Pai os escuta. E nosso falar, o falar dos missionários que servem ao Santuário, precisa assimilar o estilo do Pai. Como disse o Papa, o estilo que desperta intimidade, compaixão e ternura.

Diante de propósitos como esses que o senhor apresenta está um mundo cheio de guerras. A guerra da Rússia contra a Ucrânia vai completar um ano de combate no final do próximo mês e segundo a organização Projeto de Dados de Localização e Eventos Armados, mais de 28 países estão em guerra no mundo. Como o senhor aplica essa palavra de Deus Pai num mundo em conflito?

Além disso que você disse, aqui no Brasil mesmo há tanta violência, é quase uma guerra silenciosa. Me deixou profundamente tocado o caso da chacina de uma família inteira no Distrito Federal, caso esse amplamente divulgado pela imprensa. A mensagem de amor do Pai é a única possibilidade para o ser humano contornar e superar seus conflitos. Por isso, é uma mensagem essencial, urgente, necessária e precisamos anunciá-la incansavelmente. O Papa Francisco, naquela mesma mensagem que eu mencionei há pouco, diz também que com comunicação não hostil, principalmente na Igreja, poderemos abrir caminhos que permitam o diálogo e a reconciliação e, de outra parte, estaremos contribuindo para o desaparecimento desse mundo onde campeiam o ódio e a inimizade.

O senhor já se manifestou à imprensa, mas poderia nos dizer como planeja enfrentar a preparação da Romaria do Pai Eterno 2023?

Já anunciei e repito: vamos lançar a romaria no mês que vem e preparar juntos, caminhar juntos, trabalhar juntos até o mês de junho quando vamos celebrar a novena e a festa. Ainda estamos respirando a atmosfera da sinodalidade, que quer dizer, caminhar juntos. Triste demais seria se apenas uma pessoa tivesse que carregar tudo nas costas. Isso seria terrível para a pessoa e para a Igreja. Vamos nos reunir sempre, discutir as ações, programar nosso tempo e espero que tenhamos uma romaria inesquecível.

 


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2 Cometários
  • Mara Isabel
    3/2/2023 - 10:20:02

    Prezado Pe. Marco Aurélio Martins da Silva, que alegria vê-lo a frente deste “reino de Deus” sediado em Trindade. Vou citar Gênesis 45:8, atrevendo-me a modificar algumas palavras: “Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, mas sim Deus, que me colocou como pai, no Santuário do Pai Eterno, em Trindade.” Como benfeitor de toda esta casa, fará maravilhas. Parabéns! Tenho duas graças alcançadas.

  • Geci Alves Ilha
    5/2/2023 - 20:00:50

    Boa noite, Padre Marco Aurélio Martins da Silva, sua benção. Estava lendo as suas respostas ao ser entrevistado, gostei muito da sua felicidade de honrar o Pai Eterno na sua missão de consagrado. Eu e meu esposo sempre acompanhamos as Novenas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e dos Filhos do Pai Eterno, também assistimos a missa aos domingos às 08h. Deus derrame muitas bênçãos.

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