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A inclusão social é um conceito amplo, mas vital para criar e manter ambientes diversos, harmoniosos e igualitários. Com a inclusão, é possível uma abertura para que todos participem plenamente na sociedade em que vivem. Nas últimas décadas, a responsabilidade da sociedade em promover a igualdade tem crescido progressivamente, mas ainda existem algumas situações de exclusão social.

Miguel, de apenas 7 anos, foi diagnosticado com autismo. Lilian Alvim é a mãe dele, e recebeu o apoio da família na busca do diagnóstico do filho. Mas a falta de informação e descaso de muitas escolas trouxeram sofrimento e angústia para o dia a dia. “Na escola, é necessário profissionais capacitados e que saibam lidar com o comportamento da criança, e infelizmente isso não acontece no momento”, relata Lilian.

O que a mãe do Miguel mais deseja é uma inclusão social verdadeira para todos que dela precisem. De acordo com Lilia, muito se fala em inclusão, mas na prática é bem diferente. “Faltam iniciativas públicas, como campanhas educativas para conscientizar sobre o tema”, disse ela.

Flávia Gabriela é mãe do Thiago, de 1 ano e 10 meses. O menino nasceu com uma condição chamada acondroplasia – nanismo que possui características físicas mais acentuadas. Para ajudar as pessoas, Gabriela criou uma rede social para divulgar toda a trajetória do filho.

Desde o nascimento de Thiago, Gabriela passou por vários momentos difíceis que teve que enfrentar ao lado do filho. Devido a tantos entraves, ela torce por uma sociedade mais justa e inclusiva. “Quando eu vejo alguém com interesse em saber a forma correta de tratamento com pessoas portadoras de deficiência eu já fico feliz, pois é o início de uma mudança”, conta Gabriela.

A falta da inclusão social está presente no dia a dia das pessoas, e às vezes nem se percebe. Em muitos lugares do Brasil, pontos de ônibus, por exemplo, não contam com rampa de acesso para cadeirantes. A inclusão social não é um auxílio, tampouco uma ajuda, mas um dever que todo cidadão deve ter para participar da sociedade, mesmo que com limitações.

Segundo o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Minas Gerais, Roberto Carlos, “é dever dos governantes buscar incluir todas as pessoas de fato. Por meio da legislação, implantação, execução, e primordialmente, da fiscalização para que a pessoa tenha o seu direito respeitado”.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, o que representa cerca de 24% da população do país. Para Roberto Carlos, “os estados brasileiros precisam atuar com mais políticas públicas e ações em busca da inclusão social”.