Reprodução: Arquivo ADFEGO

Nelson Mandela já dizia: “O esporte tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar, de unir as pessoas de um jeito que poucas coisas conseguem”. Para as pessoas com deficiência física, a prática esportiva muitas vezes significa um recomeço após um momento complicado. No Brasil, existem associações que se dedicam aos deficientes de maneira especial.

Segundo a representante da Associação dos Deficientes Físicos de Goiás (ADFEGO), Andreia Alves, a unidade atua capacitando e direcionando pessoas com deficiência ao mercado de trabalho. “O primeiro passo é o cadastro na instituição, após, é feito uma seleção com encaminhamento para as empresas associadas e que disponibilizam as vagas de trabalho”, explica Andreia, que relatou ainda: “a entidade atua também em ações sociais, disponibilizando cestas básicas e fraldas geriátricas”.

Um dos esportes paraolímpicos mais populares é o basquete. Foi nele que o Wellington Nunes se reencontrou após sofrer uma lesão que lhe tirou o movimento das pernas. Segundo ele, “o esporte me ajudou muito, pois, eu não tinha forças física e mental para sair de casa. O basquete me fez ser novamente uma pessoa com liberdade”.

Assim como o Wellington, Rodrigo Luís também se tornou deficiente durante a adolescência. O momento de transição entre as realidades foi complicado, “mas hoje eu consigo ver tudo de uma forma mais humana. O esporte me mostrou que eu consigo ser capaz e posso enfrentar as adversidades do dia a dia”, conta Rodrigo.

O caso de Dwan Gomes é diferente dos citados acima, ele nasceu sem as pernas. Mas isso nunca foi obstáculo. Sua dedicação ao escolher praticar basquete sempre foi muito grande, e o levou a conhecer mais de 20 países por integrar a Seleção Brasileira de basquete em cadeira de rodas. De acordo com ele, representar o país é “sempre um frio na barriga, toda vez que sou convocado. Mas sigo firme, sempre buscando melhorar”.

Os atletas do basquete não são os únicos exemplos de sucesso na ADFEGO. A instituição oferece dez modalidades esportivas. Todas elas com resultados expressivos, mas não pelos troféus, e sim pelo ressignificado que as vidas ganham.

Thaís Severo é mesa-tenista e disputa competições nacionais e internacionais no tênis de mesa. Atualmente, ela está entre as melhores do Brasil e do mundo. Apesar de tudo isso, relembra a dificuldade que enfrenta quando o assunto é inclusão social. “Eu tentei fazer todas as reabilitações que estavam disponíveis para o meu caso, para precisar menos do outro. E fui apresentada ao esporte na reabilitação, mas ainda é preciso de muito mais espaços para as pessoas com deficiência na sociedade em vivemos”, finaliza a desportista.