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Igreja contra a fome

33 milhões de pessoas estão em situação de fome no Brasil

Reprodução / freepik

O percentual de brasileiros que não têm certeza de quando será a próxima refeição está acima da média mundial. Entre 2019 e 2021, mais de 60 milhões de brasileiros enfrentaram dificuldades para se alimentar. Desses, 15 milhões passaram fome. Entre 2014 e 2016 eram menos de 4 milhões em insegurança alimentar grave. Com o aumento, o Brasil voltou ao mapa da fome, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

O inquérito nacional sobre segurança alimentar no contexto da pandemia da covid-19 no Brasil, apontou que mais de 33 milhões de pessoas não têm garantido o que comer. Segundo a assessora de projetos da Cáritas do Rio Grande do Sul, Eliane Brochet, desde 2019 a instituição já discutia sobre a fome no país. Ela conta que “estamos fazendo trabalhos emergenciais como a doação de cestas básicas”.

Há 61 anos a Cáritas do Rio Grande do Sul trabalha com pessoas em vulnerabilidade social, em situação de rua e comunidades carentes. O projeto é realizado em 11 regiões de dioceses e arquidioceses do estado e vai muito além de entregas de cesta básica para combater à fome.

Em Brasília, a Ordem das Mercedárias realiza o mesmo trabalho, incentivando a população vulnerável a conquistar espaço no mercado de trabalho através do empreendedorismo. De acordo com o Frei Rogério, a instituição atua com projeto que oferece trabalho por meio de produtos alimentícios consignados.

O projeto é chamado de Café Empreendedor e reúne pessoas de várias partes do Distrito Federal e cidades do entorno. A iniciativa começou em 2020, durante a pandemia. Uma das primeiras vendedoras foi a Maria do Socorro, que hoje tira o seu sustento vendendo petas e cocadas. “São essas vendas que me mantém alimentada”, conta Maria.

Davi da Silva chegou em Brasília em 2020. Sem dinheiro para pagar aluguel e comprar comida, ficou em situação de rua. Por meio do projeto da Ordem, “consigo me sustentar e pagar o aluguel”, diz Davi.

Frei Rogério explica que o projeto é um comprometimento que leva dignidade ao próximo. “Ensinamos todos a trabalharem para garantir o sustento, assim, levamos respeito ao próximo”, finaliza o Frei.


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