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Fome no Brasil: o retrato da desigualdade brasileira

Apenas 4 entre 10 famílias conseguem acesso pleno à alimentação

Reprodução / freepik

O dicionário define fome como sensação causada pela necessidade de comer. Mas quem vive nas ruas sabe que o significado é bem mais profundo. O fundador da Comunidade Ágape, Marco Antônio, conta que o paliativo de doar alimentos não resolve a situação de moradores de ruas.

O projeto Banho Solidário da comunidade Ágape atua diretamente com os moradores de rua de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A ação social oferece um banho com água quente e aquela que, muitas vezes, pode ser a única refeição do dia.

Marco Antônio explica que primeiro é realizado a recepção dos moradores de rua, sendo uma acolhida que oferece o conforto de uma palavra de fé e um abraço. Após, é oferecido sopa, pão e café. Tudo para ajudar a amenizar a situação desenfreada da fome no país.

Este ano, a Campanha da Fraternidade traz, justamente, a fome para o centro das discussões. Uma realidade que só quem conhece de perto sabe o quão dura é. Em 2022 foi constatado que mais de 31 milhões de pessoas não tinham o que comer.

Os dados recentes mostram que mais da metade da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau, seja ela leve, moderada ou grave. E a falta de políticas públicas no combate à fome é um dos principais eixos para que o Brasil saia desta situação.

Para o coordenador de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil, Jefferson Nascimento, o que se vê no país é a crise econômica iniciada em 2015 e o efeito provocado pela pandemia do Covid-19, a partir de 2020. “A conjugação das crises proporcionou a queda da renda da população e levou ao desemprego”, conta o coordenador.

A fome no Brasil tem gênero, local e cor. De acordo com Jefferson, “o país mostra cerca de 15% dos lares em situação de insegurança alimentar grave”. Mas quando se faz recortes por regiões as taxas são maiores. Na região Norte chega a 25%, e Nordeste 21% de lares sem alimentos.

E parte do poder público o desenvolvimento de estratégias mais assertivas para que o Brasil possa sair do mapa da fome. Para o coordenador, é importante a retomada de ações sociais que em outros tempos retiraram tantas famílias da linha de extrema pobreza.


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