Seu pontificado tem como foco a família e o olhar atento aos mais necessitados
Reprodução / Vatican News
Papa Francisco é considerado um pastor simples e amoroso. Antes de ser nomeado ao cargo, foi um arcebispo muito amado em sua Diocese, em Buenos Aires, na Argentina. Aos seus sacerdotes sempre recomendou misericórdia, coragem apostólica e portas abertas a todos.
O bispo coadjutor de Bragança do Pará, Dom Raimundo Possidônio, conta que o Santo Padre sempre pediu uma Igreja voltada para fora, próxima à realidade da vida do povo. “Antes de ser Papa, Jorge Bergoglio já trabalhava pelos mais necessitados. Indo de ônibus ou metrô nas periferias, sempre com muita humildade”, disse Dom Raimundo.
Em 13 de março de 2013, quando foi nomeado papa, o cardeal Jorge Bergoglio se apresentou na praça São Pedro, no Vaticano. Pela primeira vez, um pontífice adotaria o nome Francisco. A eleição foi repleta de ineditismos, sendo também a primeira vez que a Igreja Católica ganhou um líder latino-americano e ainda jesuíta.
Legados
A partir da posse, o Santo Padre começa uma reforma ao escolher os cardeais para formar uma comissão para estudos. E atua ativamente em sua proposta pastoral. “As falas do Papa refletem o seu pastoreio enquanto Bispo”, afirma Dom Raimundo. Nesta primeira década de pontificado as ações têm como foco a família e os mais necessitados.
O Santo Padre enfrentou grandes desafios ao longo destes 10 anos. Escândalos de pedofilia do clero provocaram divisões internas na Igreja e vários problemas com fiéis. Enquanto tentava resolver essa situação, Francisco continuou o seu trabalho, sempre com muita alegria e compaixão.
A Igreja Católica tornou-se mais carismática, deixando de lado o conservadorismo. O Papa prega uma Igreja em saída, de portas abertas, que ama e acolhe as ovelhas. O que fez ele enfrentar resistência e lutas de poder entre bispos, padres e cardeais que não se adaptaram às mudanças. Para Dom Raimundo, “a diversidade por posições doutrinárias tem a ver com poder e privilégios que muitos desejam manter na Igreja. O que bate de frente com a simplicidade de Francisco”.
Igreja próxima ao povo
Sempre aberto a ouvir, Papa Francisco é guiado por uma visão pastoral muito próxima das pessoas. Sua visão de Igreja é centrada na misericórdia, acolhimento dos mais fracos, sem forçar uma visão idealizada da família, pensar no ambiente em que habita a vida humana e cuidar da casa comum.
De acordo com Dom Raimundo, “são muitas as ações como Sínodo da família e Sínodo da juventude. Ele impôs uma nova metodologia aos sínodos, de escutar ativamente. Rezar sobre os problemas apresentados, como aconteceu no Sínodo dos jovens e, sobretudo, no Sínodo da Amazônia”.
Em 10 anos de pontificado, Papa Francisco já é o maior canonizador de santos da Igreja Católica. Foram mais de novecentas canonizações e mais de mil beatificações. Seu antecessor, Bento XVI, registrou no cânon 45 novos santos e 371 beatos, em quase 8 anos à frente da Igreja.
As viagens missionárias fazem parte da vida do Santo Padre. Ele visitou vários países, incluindo o Brasil. Fez centenas de discursos, cinco exortações apostólicas, três encíclicas, várias constituições apostólicas, cartas, mensagens, motu proprios e uma bula.
Em termos de geopolítica mundial, Francisco já garantiu seu nome na história. Ele é apontado como o responsável pelo fim de um rompimento que parecia eterno: o das relações entre Cuba e os Estados Unidos, interrompidas em janeiro de 1961 e retomadas em dezembro de 2014. Dezoito meses antes do anúncio diplomático, Papa Francisco intermediou conversas entre ambos os governos, tanto no Canadá quanto no Vaticano. Um dos maiores legados para a Igreja é a sinodalidade.
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O Papa Francisco é o mais fiel e legítimo representante de Deus nesse Planeta. Tem o dom da palavra, é humilde, é verdadeiro, coloca muito amor em tudo que faz e fala, sempre se lembra dos pobres e marginalizados. Enfim, segue todos os ensinamentos de Jesus. Que Deus dê a ele muita saúde, proteção física e espiritual.
