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O seminário é o tempo de deixar cair as máscaras, diz Papa

Processo de discernimento em que o Senhor trabalha em cada ser

Reprodução / Vatican News

Em audiência na sala do Consistório, no Vaticano, o Papa Francisco recebeu bispos, superiores, formadores e seminaristas da Calábria por ocasião de sua peregrinação em Roma.

Ao iniciar a audiência, o Santo Padre fez a pergunta: “O que vocês estão procurando? Às vezes procuramos uma receita fácil, mas Jesus começa com uma pergunta que nos convida a olhar para dentro, para verificar as razões do nosso caminho”, disse o Pontífice. Ele sublinhou ainda que “a vocação de cada um é caminhar com o Senhor. Tomando cuidado para não cair no carreirismo”.

Caminho sacerdotal 

O Papa perguntou ainda aos seminaristas: Qual é o desejo que os levou a sair ao encontro do Senhor e a segui-lo no caminho do sacerdócio? De acordo com ele, “devemos nos perguntar, porque às vezes acontece que por trás das aparências de religiosidade e até de amor à Igreja, na verdade, se busca a glória humana e o bem-estar pessoal”, disse Francisco que ressaltou:

O seminário é o tempo de ser verdadeiros com nós mesmos, deixando cair as máscaras, artimanhas e aparências. Neste processo de discernimento, deixem que o Senhor trabalhe em vocês, que os fará pastores segundo o seu coração porque o contrário é usar máscara, maquiar-se, aparecer é coisa de funcionários, não de pastores do povo, mas de clérigos de Estado.

O Senhor pede uma atitude de vigilância

O seminário é formado por pequenas comunidades. Nele, há o discernimento de que não é fácil fazer, apesar de necessário. Decisões têm que ser tomadas a partir de todos os carismas. Segundo o Papa, “o processo está sendo iniciado em muitas partes do mundo e é natural que haja alguma resistência e algum esforço em dar este passo. Mas recordemos que o apego à nossa história e aos lugares significativos da nossa tradição não deve impedir a novidade do Espírito de traçar caminhos a seguir, sobretudo quando o caminho da Igreja o exige. O Senhor nos pede uma atitude de vigilância, para que não nos aconteça como nos dias de Noé, quando as pessoas, preocupadas com as coisas habituais, não notaram que chegava o dilúvio. Precisamos de olhos abertos e coração atento para captar os sinais dos tempos e olhar adiante”, concluiu Francisco.


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