As celebrações do Tríduo Pascal em Trindade (GO) tiveram início na Quinta-feira Santa. As cerimônias recordam o momento em que Jesus Cristo se reúne pela última vez com seus discípulos. Uma tradição que muitos devotos acompanham todos os anos no Santuário do Divino Pai Eterno.

As festividades da Semana Santa são assistidas por fiéis de todas as partes do mundo, seja presencialmente, ou, pela transmissão da TV e Portal Pai Eterno. A dona de casa, Maria Natalina, mora na zona rural e acompanha as solenidades pela televisão. Juntamente com o seu esposo, ela conseguiu participar pela primeira vez da Ceia do Senhor. De acordo com ela, “uma emoção sem fim”.

Já o devoto João Paulino, de São José dos Campos (SP), rodou mil quilômetros para vivenciar a Semana Santa na Capital da Fé de Goiás. Segundo ele, “desde criança fui ensinado a praticar a fé e a esperança em Deus pelos meus pais. Estar aqui é uma alegria muito grande”, disse emocionado.

Vivenciar a última Ceia do Senhor, momento em que Cristo institui a Eucaristia e o sacerdócio, é uma experiência única para os fiéis. “É vivenciar o verdadeiro pão e a verdadeira bebida. A Eucaristia é a festa da libertação e do amor, o reencontro com Deus que nos faz eternos e plenos na fraternidade”, disse o reitor do Santuário Basílica, missionário redentorista padre Marco Aurélio Martins.

Lava-pés

Na Quinta-feira Santa, a Igreja Católica realiza um rito muito importante conhecido como Lava-pés, que é repetido todos os anos. Esse momento é uma recriação do gesto feito por Jesus durante a última ceia, quando Ele lavou os pés dos discípulos, demonstrando humildade e alegria em servir ao próximo. “Um ato que o Pai Eterno se coloca aos pés da humanidade para seu o nosso Deus, celebrando amor e fraternidade”, conta padre Marco Aurélio.

O gesto de Jesus Cristo mostra que o mestre não é maior do que os seus servos e que ele sempre deve se colocar em condição de igualdade, pois todos são iguais aos olhos de Deus. Consciente da importância desse momento, o ministro da eucaristia, João Batista, ficou emocionado ao representar um dos discípulos de Cristo. Segundo ele, “foi uma oportunidade única, marcada por muita emoção”.

O início do Tríduo Pascal é celebrado com alegria, diferentemente do silêncio que reina na Sexta-feira Santa, quando a Igreja entra em estado de fé e piedade, refletindo sobre a paixão e morte de Jesus.