Não te julgo, te ajudo. Esse é o lema do Projeto Help, que traduzindo para o português significa socorro, ou ajuda. Atuando em todos os meses do ano e em várias cidades do Brasil, o trabalho tem a missão de ajudar pessoas com problemas emocionais.

Segundo o voluntário do Projeto Help, Gabriel Scarcchetti, tudo foi idealizado com a missão de ajudar pessoas em momentos difíceis na vida. “Como depressão, ansiedade, crises existenciais, complexos de inferioridade, automutilação e o caso mais grave que é o desejo de retirar a própria vida. Assim, atuamos ouvindo e aconselhando para o melhor caminho”, explica o voluntário.

Com quase seis anos do primeiro passo, o Projeto Help possui uma estrutura simples, mas bem funcional. Geralmente os pontos de atendimento são colocados em locais de movimentação intensa, como os shoppings e rodoviárias. É importante ressaltar que tudo é feito sem fins lucrativos. O trabalho é realizado por voluntários e não tem custo para quem precisar do serviço.

Os voluntários são pessoas que encontram uma folga para poder servir ao próximo. Eles se colocam à disposição para ajudar, criando uma corrente do bem. Os espaços para atendimento contam com o cantinho do desabafo, que também conta com uma árvore cheia de mensagens positivas, que as pessoas podem passar e retirar a sua.

A autônoma, Gleice Costa, esteve no stand do projeto e bateu um papo com o Gabriel. Ela falou sobre a importância de pessoas e trabalhos como esse. “Às vezes, precisamos de apenas uma conversa, um abraço e alguém do nosso lado. Foi uma experiência muito boa participar do projeto, falei coisas que machucam e eu precisamos colocar para fora”, disse Gleice.

No cenário atual, impulsionado por muitos desgastes criados durante o período de pandemia, a sociedade se tornou ainda mais dependente do que já era de atendimentos psicológicos. E em meio a tantos relatos escutados ao longo do dia, existem alguns problemas que surgem com mais frequência na vida das pessoas, e são causadores preocupantes de fobias, crises de ansiedade e depressão.

De acordo com Gabriel, em muitos casos, pessoas que sofrem de algum transtorno psicológico devem isso a traumas passados. É necessário um tratamento para se livrar das dores e vazios. Histórias que têm seus roteiros modificados com apenas uma conversa. Destinos que tomam rumos diferentes depois de uma simples mensagem motivacional. O Gustavo Sousa é um exemplo de pessoa que deixou de ser um atendido para hoje estar colaborando com o Projeto Help, e o valor proporcionado com esse trabalho não poderia ser pago com dinheiro.

Segundo Gustavo, por volta dos 13 anos ele teve muitos problemas familiares que acarretaram depressão e na ansiedade. “Foi quando surgiu o pensamento de suicídio que para mim não tinha mais jeito. E por meio de um voluntário que me ajudou, me entregou uma cartinha e conversou comigo e pude ver como esse projeto é bacana. Não cobram nada para ajudar pessoas, e eu quero fazer parte. Assim, eles me ajudaram e eu venci os meus problemas. Hoje, estou aqui para ajudar outras pessoas”, contou Gustavo.