Padre Walmir Garcia, da Paróquia Nossa Senhora da Guia, explica o que leva uma pessoa a ser excomungada
No imaginário de algumas pessoas, a excomunhão é um tipo de condenação atrelada a castigos severos que visam eliminar quem é prejudicial para o funcionamento da Igreja. Em outro contexto, para alguns, a excomunhão significa a limitação de alguns cristãos em receber a comunhão sacramental. Seja por pecado grave, situação irregular ou impossibilidade física.
Com isso, fica a pergunta: o que faz uma pessoa ser excomungada?
O missionário redentorista Pe. Walmir Garcia, da Paróquia Nossa Senhora da Guia, explica que no Direito próprio da Igreja a excomunhão é um tipo de pena medicinal. O objetivo das penas medicinais é a cura, a correção do transgressor. Por isso, é necessário um grau de consciência e liberdade suficientes para considerar que quem cometeu o ato optou realmente por transgredir a comunhão da Igreja.
A excomunhão é a pena eclesiástica mais grave. Isso nos lembra de algo que pode passar despercebido: a Igreja é um mistério de comunhão. Por isso são tão graves esses delitos, pois ferem profundamente a comunhão. Dessa forma, a Igreja busca defender tal comunhão ao impor essa pena e, no fundo, busca o retorno de quem rompeu com ela: começando por explicitar a gravidade do ato pela gravidade do remédio imposto e visando sempre o retorno à comunhão desse filho seu.