Reprodução: Agência Brasil Central

O Governo Federal implementará uma nova fase de proteção do Território Yanomami, que contará com presença permanente e investimento de 1,2 bilhão de reais em 2024, anunciou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta terça-feira (10).

A ação é motivada pela preocupação com a crise enfrentada pelo povo indígena Yanomami devido ao impacto do garimpo ilegal. O presidente Luís Inácio Lula da Silva reuniu 12 ministros, além da Polícia Federal e também representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), para juntos discutirem a crise humanitária que está acontecendo na Amazônia.

Essa é a primeira reunião ministerial deste ano. O encontro aconteceu no Palácio do Planalto e buscou discutir estratégias práticas para combater o garimpo ilegal e também a exploração ilícita que acontece na região amazônica, que infelizmente tem impactado muito as comunidades locais, principalmente o povo Yanomami.

A região sofre desde 2016, mas em 2022 a situação se agravou ainda mais. Os garimpeiros criaram lagoas de água parada que servem, principalmente, como criadouro para o mosquito transmissor da malária. Segundo o Ministério dos Povos indígenas, no período avaliado de 2019 a 2022, mais de 570 crianças indígenas Yanomamis perderam a vida pela fome causada pela mineração ilegal.

Em janeiro de 2023, o Governo Federal anunciou uma situação de emergência dos povos. Sendo assim, um balanço de todas as ações feitas pela pasta atual do Governo levou a um planejamento eficaz para continuar a assistência desses povos.

A Igreja Católica no Brasil está unida ao povo Yanomami, solidariamente, com sua rede de comunidades de fé. As dores de cada indígena são também da Igreja, que, a partir de sua doutrina, do magistério do Papa Francisco, vem ensinando a importância dos povos originários na preservação do planeta.