A Igreja Católica vive o período quaresmal, momento em que muitos fiéis fazem penitências e cumprem algumas promessas que são feitas para os 40 dias de Quaresma. Entre essas práticas, a principal é o jejum de algum alimento específico. Durante esse tempo, as igrejas contam com a cruz ornamentada por um tecido roxo.

Para o aposentado Paulo Ribeiro, são 40 dias sem consumir carne. “Eu faço de tudo para não comer a carne, mas, às vezes esqueço. Então, tento ficar em alerta e cumprir o meu propósito. Outro item que retiro é a bebida alcoólica”, conta Paulo. Já para o assistente social Adriano Meneghel, “é um momento que nos dedicamos a Deus. Há 28 anos eu faço jejum durante a Quaresma, fico sem carne e sem bebida alcoólica. E sempre pedindo respostas em Deus”.

A Quaresma é um tempo de conversão pessoal e comunitária, que convida a todos a se deixarem moldar pelo Espírito Santo e a abandonar tudo o que os afasta de Deus e dos irmãos. É um tempo de oração, penitência e caridade, que leva a uma mudança de vida mais autêntica e a uma maior fidelidade aos mandamentos de Deus.

O período também é marcado pela intensificação da oração, como nos lembra o versículo “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Durante os 40 dias, o caminho de reconciliação e perdão é percorrido por meio do exercício da oração. Algo que constitui como condição para a conversão e a exprime pelo modo de viver e testemunhar o Evangelho. Uma intensa vida espiritual permite mergulhar nos mistérios da vida, da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus, celebrar a Páscoa que se aproxima.

Para o arcebispo metropolitano de Natal, no Rio Grande do Norte, Dom João Santos, são 40 dias de um exercício espiritual do povo de Deus, é um Êxodo onde somos chamados a sair de nós mesmos e nos esvaziar para irmos ao encontro de Deus e renascer com Cristo na Páscoa. Por isso, se recolha, reze e busque ao Senhor”.