Ações que tocam o coração do Pai Eterno
Desde o início da Igreja, o tempo da Quaresma é decisivo para a preparação da celebração da Páscoa. Neste tempo forte, três grandes meios se apresentam como caminho de penitência e conversão, são: caridade, oração e o jejum. Iluminados pela Palavra de Deus, no tempo quaresmal todos são convidados a buscar uma nova relação e comunhão com as criaturas, com os irmãos e as irmãs, e com o Divino Pai Eterno.
Na busca pela comunhão, a Igreja, a partir dos ensinamentos de Jesus, faz uso de práticas que ajudam no caminho de conversão e preparação. Segundo o bispo da diocese de Limoeiro do Norte (CE), Dom André Vital, “Jesus nos desafia a abolir algumas práticas para nos dar um novo significado e uma nova atitude, por meio do nosso coração disposto a fazer caridade, oração e jejum”.
Refletindo sobre as três práticas, Dom André comenta que “a caridade deve ser realizada para ajudar o outro. A oração, para abrir o coração de Deus, e não simplesmente a boca ao pronunciar algumas palavras. Já o jejum, é uma expressão de um compromisso de autodomínio. Somos pessoas dotadas de capacidades de raciocinar, de pensar, de decidir e não apenas movidas e empurradas por instintos”.
As três práticas são inseparáveis
Essas três práticas são inseparáveis e essenciais para a conversão quaresmal, na preparação para a celebração da Páscoa. Caridade, oração e jejum não devem ser escolhidos separadamente, mas abraçados em conjunto. O jejum é a alma da oração, e a misericórdia é a vida do jejum. Tentar separá-las é em vão, pois são indissociáveis. Quem pratica apenas uma das três, ou não as pratica simultaneamente, ou na verdade não pratica nenhuma delas.
Sendo assim, quem ora e jejua pratica a caridade. Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede, pois aquele que não fecha os seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas.