Agilizar início do tratamento é fundamental para o desenvolvimento da criança
A campanha Abril Azul foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o propósito de conscientizar as pessoas sobre o autismo e dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA.
A psicóloga Silvana Soares explica que o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, cujos sinais se manifestam “na primeira infância, principalmente na comunicação. Uma criança que apresenta dificuldade de comunicação visual pode não responder quando chamada pelos pais”, explica a profissional.
O autismo apresenta-se em diferentes níveis, ou seja, pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa. Esse diagnóstico detalhado será dado por um profissional da saúde. O número de diagnósticos de TEA tem aumentado devido à melhoria na capacitação dos profissionais para identificar o transtorno.
A identificação do transtorno pode acontecer ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os 4 e 5 anos de idade. A criança deve receber atendimento por uma equipe multidisciplinar, auxiliando no desenvolvimento adequado, uma vez que o transtorno não tem cura.
De acordo com a psicóloga, assim que a criança é diagnosticada com o transtorno, ela precisará ser submetida a um tratamento adequado que minimize os aspectos de acordo com cada diagnóstico. Dentro do tratamento, o apoio da família é fundamental. Para Ana Paula, mãe de um adolescente de 14 anos com TEA, “é um trabalho que exige dedicação diária e políticas públicas. Mas tenho fé que com pequenas ações nós vamos vencendo”, compartilha Ana Paula.
As crianças com TEA estão presentes no mundo todo, mas não têm a compreensão do que está ao seu redor. Diante de algum sinal do TEA, procure ajuda profissional. Não ignore os sinais, pois quanto antes for o tratamento melhor será para o desenvolvimento da criança.