O mundo vive um momento atípico de crise sanitária desde o surgimento do novo coronavírus. São milhões de vidas levadas pela Covid-19, deixando toda a população mundial apreensiva e na expectativa de que a vacina chegue para todos. Neste contexto, as instituições católicas de saúde exercem um papel fundamental no sentido de dar assistência espiritual hospitalar em um momento tão conturbado.

Para falar sobre este trabalho e os seus desafios, o Programa Pai Eterno conversou com o bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Roberto Francisco Ferrería Paz. Ele explica que a Pastoral promove uma ação libertadora de Cristo na área da saúde, atuando em três dimensões: solidária, comunitária e político-institucional.

“No nível da solidariedade, atuamos por meio de visitas aos doentes. No comunitário, visitamos igrejas e hospitais que atendem a comunidade. Já o terceiro nível diz respeito às políticas públicas, com participação no Conselho Nacional da Saúde, buscando o fortalecimento das ações voltadas à saúde”, explica.

Atuação

Segundo ele, durante a pandemia, a Pastoral tem atuado fortemente pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e na defesa da vacina contra a Covid-19, como direito universal e imediato.

O bispo destaca a importância de ter compaixão e delicadeza para com os familiares que perderam seus entes queridos pela Covid-19. Além deste amparo, a Pastoral também se preocupa com os profissionais da saúde que estão trabalhando na linha de frente. A eles, é dado todo o apoio espiritual e de evangelização, como forma de levar a esperança por meio da Palavra de Deus.

“Nunca podemos esquecer que somos instrumentos de cura nas mãos de Deus, mas que quem cura é o próprio Deus. A Pastoral da Saúde é a Pastoral do Bom Pastor que está sempre indo ao encontro do doente e carregando-o em seu coração”, finaliza.