14 de novembro: Dia Nacional da Alfabetização

Ser alfabetizado, seja na infância ou na fase adulta, pode transformar vidas, Conheça histórias inspiradoras

O poder da leitura é transformador. Neste dia 14 de novembro, Dia Nacional da Alfabetização, algumas histórias servem como reflexão do quanto ser alfabetizado pode mudar a realidade de uma pessoa. Um exemplo é conquista do estudante José Carlos de Lima. Ele tem 66 anos, e pega dois ônibus para ir e dois para voltar da escola. Desde criança, José tem uma deficiência visual que o atrapalha e óculos não resolvem o problema, por isso ele tem dificuldades para enxergar, mas mesmo assim não perde a motivação.

“Eu não estudei no meu tempo de menino. Eu só trabalhava na roça, fazia serviço bruto. Quando eu cheguei à cidade também fui trabalhar em obra e depois eu comecei com problema de vista, depois disso eu aposentei. Se eu tivesse estudado no meu tempo de jovem, eu não sei se eu seria o que eu queria. Mas antes de saber que óculos não adiantaria para mim, eu pensava em ser radialista, trabalhar em rádio”, contou o estudante.

Coordenadora da modalidade de Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (Eaja) há dez anos, Zaine Borges Dias fala sobre os desafios do ensino em idades mais avançadas. “Trabalho diretamente com os idosos e temos uma atenção muito especial por eles, porque eles têm uma história de vida bem diversificada. Alguns que não estudaram por motivos familiares ou depois porque o marido não permitia, outros por motivos de doença. Então, eles chegam com o sonho de ler e escrever. A escola tem essa função de proporcionar a realização desse sonho”, afirmou.

Já a Lívia Branquinho é diretora da escola municipal, localizada em Goiânia (GO). Ela se orgulha em trabalha todos os dias com a arte de ensinar. “Quando nós recebemos, enquanto escola, o aluno que ainda não passou pelo processo de alfabetização e nós vemos que ele trilha com esse caminho e começa essa descoberta, conseguimos perceber quanto ele consegue aplicar a visão de mundo dele. Então, é um processo que vem libertar o aluno para um mundo diferente, que muitas vezes ele não conseguiu ser inserido. Essa é a principal importância da alfabetização”, comentou.

Crianças, jovens, adultos e idosos. Pessoas de todas as faixas etárias aprendem no Brasil. É uma realidade que mostra que não tem idade certa para despertar o interesse em aprender a ler e a escrever. Outro exemplo é a Sebastiana de Souza Oliveira. Ela não teve a oportunidade de aprender na infância, mas isso não a impediu de começar agora. “Mesmo que seja só um pouquinho, já estou desenvolvendo. A gente não fica parada e vai indo, melhorando”, contou.

De acordo com a diretora, é possível ver no adulto a vontade de aprender apesar das dificuldades. “Conseguimos no tempo dele alcançar essa alfabetização, pois o interesse se modifica, a criança quer aprender por descoberta, o adulto quer aprender pela necessidade que ele tem de aprender”, ressaltou Lívia Branquinho.

Outro ponto importante para se destacar, é a participação da família no processo de incentivo e aprendizado. Uma função que deve ser compartilhada entre pais e família, no caso das crianças. “A contribuição que os pais podem dar neste sentido, é oferecer isso aos filhos. O oferecer um livro ao invés de oferecer um jogo. Já é algo que construirá um adulto diferente quando falamos em processo de leitura”, concluiu a diretora.

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