Entre o rol dos tipos de câncer, está o infantil, com uma evolução rápida em relação ao de adultos
O Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, realizou um recente levantamento da evolução dos tipos de câncer no país, e alerta para um cenário de 704 mil novos casos anualmente entre 2023 e 2025. Ao todo, foram estimadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no país.
Entre o rol dos tipos de câncer, está o infantil, com uma evolução rápida em relação ao de adultos. Na infância, os tipos mais comuns de câncer são as leucemias (câncer da medula óssea), os linfomas (câncer do sistema linfático) e os tumores de sistema nervoso central.
De acordo com a Diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia pediátrica, Flávia Delgado, mesmo o câncer infantil evoluindo rápido, ele responde melhor a tratamentos, se comparado aos de adultos. Com uma taxa de cura no Brasil em torno de 70%, com o diagnóstico precoce.
“O tratamento eficiente é aquele que consegue identificar precocemente a doença. No Brasil, o câncer infantil é a primeira causa de morte por doença, mesmo existindo centro de tratamento no sistema público de saúde. Por isso, é importante a percepção dos pais e o primeiro atendimento”, conta a especialista.
Flávia relatou ainda que durante o tratamento é imprescindível a participação ativa dos responsáveis pela criança. Fornecendo um ambiente acolhedor, pois, o emocional da criança é todo alterado devido a quimioterapia, radioterapia e medicações.
Conheça alguns sinais dos tumores da infância:
Se por um lado o câncer em adultos está ligado ao envelhecimento, tabagismo, álcool, entre outros riscos de exposição; o câncer na infância não tem relação com fatores ambientais e de estilo de vida. Por esse motivo, é muito importante que os pais fiquem atentos aos sintomas dos filhos, como:
- Perda de peso contínua e inexplicável;
- Dores de cabeça com vômito de manhã;
- Aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações;
- Protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local;
- Desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão;
- Febres recorrentes não causadas por infecções;
- Hematomas excessivos ou sangramento, geralmente repentinos;
- Palidez perceptível ou cansaço prolongado.