Especial

Cresce o número de pessoas que desenvolveram vícios durante a pandemia

“Busque refúgio em Jesus”, diz Papa Francisco

Reprodução / freepik

O período de isolamento social, que ocorreu principalmente em 2020 e 2021, levou as pessoas a buscarem válvulas de escape. Levantamentos recentes feitos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) na América Latina e Caribe, no qual cerca de 30% das pessoas entrevistadas são brasileiras, mostraram que o consumo de álcool aumentou.

Para a psicanalista Lucélia Vargas o motivo se deve ao fato de os seres humanos terem ficado vulneráveis a toda a situação da pandemia. “O mundo foi pego de surpresa, o que levou muitos a descarregar os sentimentos de perdas e insegurança em soluções rápidas para os problemas”, explica Lucélia.

A solidão, em meio ao distanciamento social, foi um fator a mais para que as pessoas encontrassem na bebida uma companhia. “O consumo de bebidas alcoólicas é uma forma de ‘criar’ uma presença para o momento de insegurança”, conta a psicanalista que acrescenta: “existem outras formas de se relacionar, em que as pessoas precisam estar dispostas a criar relações com vínculos e afeto”.

As mortes relacionadas ao consumo de álcool aumentaram 24% no primeiro ano de pandemia, segundo o estudo “Álcool e a Saúde dos Brasileiros – Panorama 2022”. A maior ampliação no número de mortes relacionadas ao consumo de álcool foi entre adultos de 35 a 54 anos. É importante estar atento aos sinais de que o consumo já se converteu em vício.

Segundo a psicanalista, “quando a pessoa deixa de fazer coisas importantes como trabalho, estudos, convivências, e usa de subterfúgio o álcool para tentar ser ‘diferente’, ela já precisa de ajuda dos que estão ao seu redor”.

E, mesmo diante de uma situação de vício, é possível reverter o quadro. “O primeiro passo é reconhecer que precisa de mudanças. Existem várias vertentes além da pandemia, pode ser vivências de familiares, traumas da infância; algo que já estava ali e foi estartado com a pandemia. Sendo necessário buscar uma ajuda profissional”, finaliza Lucélia.

Em “O vídeo do Papa”, divulgado em abril de 2020, Francisco alerta para os vícios que afetam a sociedade e pede orações para que as pessoas sejam libertadas do sofrimento que as dependências causam. “Por favor, não sejam viciados nesse mundo de fuga. Não se viciem. Existem vários passos que vão tirando a força. Sejam viciados no encontro com Jesus. Ele sabe do que precisamos e tem uma palavra a nos dizer em todas as ocasiões”, disse o Papa.


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