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Papa: das mãos dos jovens congoleses pode vir a paz que falta a este país

“Os ingredientes para construir o futuro são: oração, comunidade, honestidade, perdão e serviço”, diz Francisco

Reprodução / Vatican Media

Nesta quinta-feira (2), o Papa Francisco se encontrou com jovens e catequistas no Estádio dos Mártires em Kinshasa, na República Democrática do Congo (RDC), cumprindo a agenda de compromissos de sua 40ª viagem apostólica. Mais de 65 mil pessoas participaram do encontro, o Santo Padre iniciou seu discurso pedindo que todos os jovens que estavam ali que abrissem a palma das mãos e olhassem para elas.

“Amigos, Deus colocou nas vossas mãos o dom da vida, o futuro da sociedade e deste grande país. Tu és uma riqueza única, irrepetível e incomparável. Ninguém, na história, te pode substituir. Jovem que sonhas com um futuro diferente, é das tuas mãos que nasce o amanhã; das tuas mãos, pode vir a paz que falta a este país”.

Em seguida, Francisco sugeriu cinco ingredientes para serem associados aos dedos de uma mão, para que o futuro do pais seja construído. São eles:

Oração viva

“O polegar, dedo mais próximo do coração, corresponde a oração, que faz pulsar a vida. Pode parecer uma coisa abstrata, distante da realidade concreta dos problemas. Mas a oração é o primeiro ingrediente, e o fundamental, porque sozinhos nada conseguimos fazer. Não somos onipotentes e, quando alguém julga que o é, acaba por falhar miseravelmente. Quem reza, amadurece interiormente e sabe erguer o olhar para o Alto, lembrando-se de que foi feito para o Céu”, orientou Francisco.

Comunidade

“Agora fixemos o segundo dedo, o indicador. Com ele, indicamos algo aos outros. Os outros, a comunidade: aqui está o segundo ingrediente. Amigos não deixem que a vossa juventude seja arruinada pela solidão e o isolamento. Imaginai-vos sempre juntos, e sereis felizes, porque a comunidade é o caminho para estar bem conosco mesmos, para ser fiéis à própria vocação”.

Honestidade

Para o futuro, o Papa falou aos jovens congoleses sobre a honestidade, nunca deixando o mal nos vencer.

“Ser cristão é testemunhar Cristo. Ora o primeiro modo de o fazer é viver retamente, como Ele quer. Isto significa não se deixar enredar nos laços da corrupção. O cristão só pode ser honesto, senão trai a sua identidade. Sem honestidade, não somos discípulos e testemunhas de Jesus; somos pagãos, idólatras que se adoram a si mesmos em vez de Deus, que se servem dos outros em vez de servir os outros”.

Perdão, a chance do recomeço!

“Passamos ao quarto dedo: o anular, e o ingrediente é o perdão. No dedo anular se colocam as alianças nupciais. Mas, se pensarmos bem, o anular é também o dedo mais frágil, aquele que tem mais dificuldade para se levantar. Mas nas nossas fragilidades, nas crises, qual é a força que nos faz continuar? O perdão. Pois perdoar quer dizer saber recomeçar. Perdoar não significa esquecer o passado, mas não se resignar com o fato de poder repetir-se. É mudar o curso da história”.

Serviço

“Chegamos ao último dedo: o mindinho. Tu poderias dizer: sou pequeno, e o bem que possa fazer não passa de uma gota no oceano. Mas é precisamente a pequenez, o fazer-se pequenino que atrai Deus. Há uma palavra-chave neste sentido: o serviço. Quem serve, faz-se pequenino. Como uma semente minúscula que parece desaparecer na terra e, em vez disso, dá fruto. Segundo Jesus, o serviço é o poder que transforma o mundo”.

Ao final do grande ensinamento, Francisco finalizou com, “Queridos amigos, jovens e catequistas, agradeço-vos pelo que sois e fazeis: pelo vosso entusiasmo, a vossa luz e a vossa esperança. Quero dizer-vos uma última coisa: nunca desanimeis! Jesus confia em vós e nunca vos deixa sozinhos. A alegria que hoje tendes, guardai-a e não deixeis que se apague”.

Texto do Vatican News com adaptações


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