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 A Comissão Pastoral da Terra Pará, integrada à Campanha Nacional da CPT ganhou o prêmio Amatra 8 de Direitos Humanos Pe. Bruno Sechi pelo trabalho “De olho aberto para não virar escravo”, na categoria combate ao trabalho análogo à escravidão. A iniciativa premiada foi o projeto Raice – Rede de Ação Integrada para Combater a Escravidão, realizada pela equipe de Tucuruí.

De acordo com o membro da Campanha Nacional da CPT, Francisco Santos, o Raice atua no combate à escravidão. “Um projeto desenvolvido pela Comissão Pastoral da Terra em alguns municípios do sudeste do Pará. E visa a prevenção em comunidades vulneráveis de trabalhos”, explica Francisco, que atua na articulação de uma rede integrada pelo poder público local e sociedade civil, que juntos atuam no combate às vulnerabilidades trabalhistas.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de janeiro a novembro deste ano, 2.847 pessoas foram resgatadas no Brasil em situação de trabalho análogo à escravidão, o maior número em 14 anos. Os estados com mais resgates são: Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Atualmente, o Raice também é desenvolvido nos estados do Maranhão e Tocantins. Para Francisco Santos, a CPT faz parte da Igreja que pode combater o trabalho escravo. E ele faz o convite, “em nossas localidades, juntamente com as pastorais, podemos fortalecer a proximidade com as secretarias de assistência social dos municípios. O importante é cada um fazer a sua parte”. Assim, a ação pode ir muito mais longe em todo o país.

Prêmio Amatra
O Prêmio Amatra 8 de Direitos Humanos – Padre Bruno Sechi – Edição 2023 premia pessoas, coletivos e iniciativas cujas ações se destaquem em razão da promoção e defesa dos direitos humanos nas relações de trabalho, no estado do Pará.