Devoção

Igreja celebra Festa da Exaltação da Santa Cruz

“Bendita e louvada seja, no céu a Divina Luz, e nós também cá na terra, louvemos à Santa Cruz!”

A festa da exaltação da Santa Cruz que celebramos hoje, dia 14 de setembro, faz parte do calendário litúrgico da Igreja desde muito tempo. Tal festa tem como objetivo maior reconhecer o madeiro da Cruz como o instrumento de salvação de toda a humanidade, isto é, um sinal da redenção de Cristo, como forma definitiva pela qual Jesus, o Ressuscitado, quis fazer uso para nos mostrar a profundidade de Seu amor.

A cruz é consequência – desdobramento – do amor. É expressão da liberdade de Jesus que sai de si em movimento de amor para dar-se aos outros (Fl. 2,6-11). Por isso que São Paulo fala que “nós devemos nos gloriar na Cruz de Cristo” e São João da Cruz ensina que “aquele que se envergonhar da Cruz não participará da Glória de Cristo”. Santo Afonso ensina que “a alma na presença da cruz só pode ficar extasiada diante de tanto amor. E, portanto, não pode haver outra atitude senão a de amar com a mesma intensidade com que nos amou o Redentor”. Ser uma pessoa consagrada é precisamente empenhar-se no melhor de si para que os outros tenham vida, creiam, conheçam o evangelho e cheguem à salvação.

A cruz de Cristo revela o Poder de Cristo que é o Serviço por Amor. Reconhecimento de que tudo é graça, é dom do Pai Eterno e, por isso, ele se põe a serviço gratuitamente, sem esperar coisa alguma em troca, nem reconhecimento e nem compreensão. O poder assumido como serviço nos põe na cruz. Neste sentido, servir é morrer. E morrer é viver (cf. Mc 8,34-38). Experimentar o paradoxo: “Não sendo é que sou”.

Na Cruz, Deus mostra a grandeza do seu perdão refazendo a harmonia entre o céu e a terra. A cruz é possibilidade transformadora de toda experiência de dor e maldade, em alegria e bondade. A cruz é o a confluências dos extremos. Nela contemplamos o amor de Deus. Contemplamos também a fúria da humanidade que na sentença de Pilatos continua decretando o assassinato de Jesus. Exaltamos a Santa Cruz de Cristo porque ela é a mais alta aquisição do perdão de Deus que em Cristo nos reconciliou. Na cruz de Cristo o ódio que impõe barreiras e abre chagas nos corações foi sufocado pelo infinito amor de Deus.

Nós somos convidados pelo próprio Cristo a carregar a Cruz de nossa vida no nosso dia a dia. “Chamando a multidão, juntamente com seus discípulos, disse-lhes: se alguém quiser vir após mim, negue-se a se mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (cf. Mc 8,34). Para o cristão, a cruz não deve ser vista como um símbolo de sofrimento e sim como um apelo a amar. Se alguém nos perguntasse, durante a vida de Jesus, qual foi o momento que ele mais nos amou? Certamente responderíamos: foi na cruz. Porque foi na cruz que Ele mais sofreu.

Tomar a cruz significa assumir todas as consequências da minha resposta e da minha decisão. Ex. no casamento… A cruz é sinônimo de fidelidade assumida até as últimas consequências. A cruz é perene abertura para o sempre eterno mistério de Deus.

Fr. Alexandre Sousa, C.Ss.R.

 

 


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