Período de quarenta dias que antecede a ressurreição de Jesus Cristo
Reprodução / freepik
Nesta quarta-feira, dia 22 de fevereiro, a Igreja Católica celebra a Quarta-Feira de Cinzas, dando início à Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa. A Quarta-feira de Cinzas é uma celebração que está no Missal Romano, o qual explica que no final da Missa, abençoa-se e impõe-se as cinzas obtidas da queima dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior.
A duração da Quaresma é baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia, que simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, com provações e dificuldades.
Cerca de duzentos anos depois da morte de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 D.C., a Igreja Católica aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim, surgiu a Quaresma.
Apesar de ser um tempo penitencial, não é um tempo triste ou depressivo e sim um tempo especial de purificação e renovação da vida cristã. Na Quaresma, não se colocam flores no altar e o som dos instrumentos é permitido só para sustentar o canto, no respeito da índole penitencial desse tempo.
No período também se omite o “Aleluia” em todas as celebrações, desde o início da Quaresma até a Vigília Pascal. Em alguns locais há o costume de cobrir as cruzes e as imagens na igreja, desde o quinto domingo da Quaresma.
Jejum e abstinência são necessários?
O jejum e a abstinência são obrigatórios durante a Quarta-feira de Cinzas, como também na Sexta-feira Santa, para as pessoas maiores de 18 e menores de 60 anos. Fora desses limites, é opcional. Nesse dia, os fiéis podem ter uma refeição “principal” uma vez durante o dia.
A abstinência de comer carne é obrigatória a partir dos 14 anos. Todas as sextas-feiras da Quaresma também são de abstinência obrigatória. As sextas-feiras do ano também são dias de abstinência. O gesto, dependendo da determinação da Conferência Episcopal de cada país, pode ser substituído por outro tipo de mortificação ou oferecimento como a oração do terço.
De acordo com o Missionário Redentorista, padre Rafael Vieira, o jejum realizado durante a Quaresma tem uma fundamentação na Bíblia. O missionário conta que “desde antes de Cristo se praticava o ato de jejuar, sendo um sacrifício por um bem maior”. Ainda de acordo com o padre Rafael, “quando Jesus teve a oportunidade de falar do jejum, ele disse “para conseguir a expulsão de demônios era preciso muito jejum e oração”.
O jejum verdadeiro é aquele que está conectado com a necessidade de ajuda ao próximo. No momento, a igreja vive a Campanha da Fraternidade 2023, que fala sobre a fome. Tema de perspectiva social, amparando irmãos e irmãs mais necessitados por meio de gestos de solidariedade.
Deixe o seu Comentário
1 Cometários
Muito boa a explicação sobre o período da Quaresma, muito elucidativo e educativo para as pessoas conhecerem mais sobre a Religião e a Igreja Católica.
