Especial

A importância da Via-Sacra na vida do cristão

Padre explica a prática de oração

Imagem: Agência Santo Afonso

O período quaresmal é marcado pela espiritualidade dentro da Igreja. Um tempo que serve de preparação para o momento alto que é a Páscoa. Para ajudar o cristão viver esse tempo da melhor forma possível a Igreja realiza muitas celebrações. Onde destaca a Via-Sacra, que tem uma enorme expressão nos quarenta dias em penitência e oração.

A Via-Sacra tem a sua realidade descrita nas páginas da sagrada escritura através da narrativa dos últimos momentos da vida de Jesus. De acordo com o Missionário Redentorista, Pe. Welinton Silva, “são os momentos entre o Pretório, o Palácio de Pilatos e o Gólgota. A Igreja, na sua sabedoria, dividiu esse espaço de acontecimentos em 14 Estações”. Em especial da Quaresma e nas sextas-feiras rezar a Via-Sacra como um ato de piedade que ajuda a aperfeiçoar a espiritualidade.

Tradição

No século XIV, os Franciscanos tiveram a posse da Terra Santa como custódios para evangelizar. De acordo com padre Welinton, “eles receberam dos dominadores da época que implantaram ali a realidade da própria religião muçulmana. Mas aquela terra era sagrada para três grandes religiões, então o cristianismo da parte do catolicismo teve a sua presença segurada na terra santa pelos Franciscanos. Percebe-se que por meio da presença deles é que foram constituídas as primeiras estações da Via-Sacra no espaço que ainda existe em Jerusalém, chamada via dolorosa.

Com o passar do tempo, o Papa Inocêncio XI que era necessário povo de Deus fazer a experiência da Via Dolorosa. Mas nem todo mundo tinha condições de ir à Terra Santa. Assim, o Papa estendeu a possibilidade de nas igrejas franciscanas ter os quadros que representem as estações da Via-Sacra que existiam em Jerusalém. Segundo o missionário, “o percurso contava com 14 quadros, depois do Concílio se inseriu mais uma para meditação”.

Caminho de dor e amor pela humanidade

Em cada estação é possível contemplar os passos concretos da vida de Jesus. Desde os últimos passos cheios de espiritualidade a sua entrega e condenação. Desde o momento em que ele tem as suas quedas, e que recebe o auxílio de Cirineu. Quando se medita sobre o peso da cruz e a distância do caminho sobre os pregos que transpassam suas mãos e seus pés, sobre o momento em que ele é elevado da terra e atrai os olhares daquele povo de tal modo que são muitas as riquezas espirituais que podem haurir da alma ao meditar a Via-Sacra.

Padre Welinton cita como exemplo de sacrifício e de amor o que diz Santo Afonso: “Deus na sua paixão, no seu amor pela humanidade, ele se enlouqueceu de amor ao se entregar nos braços da Cruz. Porque não há uma lógica, não há uma razão, uma razoabilidade pela qual se explique a entrega de Cristo na cruz. Somente por amor pela humanidade é que nos faz aproximar do entendimento humano do que foi o sacrifício de Cristo”, relata o missionário.


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1 Cometários
  • Aumair de Oliveira Dantas
    28/3/2023 - 18:56:33

    Jesus Cristo sofreu por nós e morreu por nós.

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