A Pastoral Social do Santuário Sagrada Família em Goiânia (GO) realiza trabalhos de ajuda ao próximo há mais de três décadas. Um serviço que exige tempo e dedicação, devido à grande demanda.

O coordenador da Pastoral, Robson Valadão, afirma que tudo é feito pela misericórdia de Deus. “Tudo o que conseguimos com a ajuda dos fiéis são transformados em cestas básicas”, conta o coordenador. São aproximadamente 500 famílias cadastradas que recebem ajuda.

Com as doações, as cestas básicas são montadas no depósito da igreja. Algumas já são doadas prontas. Além delas, por meio de parcerias com panificadoras de Goiânia, kits com lanches são montados e levados até casas que possuem crianças.

Robson visita cada uma das famílias no momento em que elas são cadastradas, e a cada cesta entregue uma nova avaliação, para entender qual a maior necessidade para aquele momento. A dona de casa Valdina Silva mora em Goiânia há pouco tempo. Segundo ela, “as dificuldades são muitas. Com três crianças pequenas, muitos alimentos faltam, mas são doados pela Pastoral”.

Na casa da Selma Santos também tem criança, e as dificuldades são parecidas. Ela atua como diarista, e nem sempre rende o suficiente para comprar a comida necessária. “Eu ganho pouco, e junta aluguel, água e energia, e não sobra para os mantimentos. Graças a Deus e à Pastoral minha família consegue se alimentar”, conta Selma.

 Igreja em saída

É uma convocação para uma verdadeira conversão pastoral. Um chamado para a Igreja deixar de lado o comodismo e ir mais vezes ao encontro de quem mais precisa. De quem está distante, física ou simbolicamente. De acordo com o Papa Francisco, uma Igreja reclusa entre seus próprios muros e dogmas não pode dar conta do que nos pede o Evangelho. Dessa forma, o Santo Padre nos diz que prefere “uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”.