Igreja no Brasil atua com ações concretas para dirimir o racismo
O relatório anual da Anistia Internacional sobre a situação dos direitos humanos em mais de 150 países apontou que, entre tantas violações dos direitos humanos no Brasil, o racismo das forças ostensivas impulsiona a violência de estado. As pessoas negras formam uma porcentagem desproporcional das vítimas, quando analisamos as mortes em ações policiais.
No Brasil, está constatado por meio dos dados que a violência tem classe social e cor. De acordo com o secretário da Pastoral Afro-brasileira e Pároco da Paróquia São Gonçalo (SP), José Enes, “a marca do escravismo continua até hoje”, ele ressalta ainda que “precisamos de políticas públicas que enfrentem esse grande problema”.
O racismo estrutural leva à violência. E os acontecimentos dos últimos tempos evidenciam que ainda existe muita discriminação na sociedade. Para dirimir o racismo, a pastoral Afro-brasileira atua com ações sociotransformadoras. Para preservar as históricas irmandades da comunidade negra.
De acordo com a publicação, o Brasil está no topo da lista dos países com o maior número de homicídios. Um dado que mostra a impunidade dos agressores. Para o padre José, “parece até que as leis funcionam apenas para preto e pobre, isso é descabível. E está em todos os lugares desde o campo de futebol onde se ouve barbaridades”.
A impunidade faz com que as pessoas discriminem as outras. E o relatório como o da Anistia Internacional serve para que se reflita sobre o assunto. Não basta apenas a igreja, pastorais e movimentos negros realizarem ações, “é preciso um engajamento por parte da sociedade civil e pública”, finaliza o pároco.