Alegria traduzida em notas musicais. Amor estampado em cada verso cantado. É essa a percepção de quem compareceu ao show da Banda Inclusiva Luar, na Vila São Cottolengo em Trindade (GO).

A psicóloga, Larice Gonçalves, acompanhou a apresentação e se emocionou bastante. Ela conta que a vila é sua casa de amor. “Durante 9 anos eu fui colaborado da instituição e hoje como convidada eu só confirmo o amor dado a todos”. A advogada, Thaynara Kellen, comenta que todos deveriam ter a experiência de visitar a Vila São Cottolengo. “Aqui sentimos um amor verdadeiro, e os pacientes se sentem amados com as visitas”, disse a advogada.

A banda é formada por 16 internos da Vila São Cottolengo, com os mais diversos graus de deficiência. Eles tocam instrumentos adaptados para as suas condições, e também não poupam a voz durante as canções. São dois ensaios por semana, conduzidos pela dupla Gean e Helenize, e a cada apresentação eles têm a certeza de que o trabalho tem gerado muitos resultados.

A cantora e professora, Helenize Rosa, informa que em todos os ensaios os pacientes se esforçam muito para realizar uma grande apresentação. “Eles desejam apresentar e mostrar que são capazes. A deficiência não limita, o treinamento ajuda e muito nos resultados. E cada um deles se dedica ao máximo”, explica a professora.

A agenda da Banda Inclusiva Luar vai ficando cada vez mais preenchida. Solicitados para participar de eventos na região de Trindade, os shows passaram a ser realizados na Vila São Cottolengo com uma frequência maior.

A coordenadora da banda, Miriam Kuhn, conta que os pacientes gostam de receber visitas e faz o convite: “todos os romeiros do Divino Pai Eterno e todos que desejem, a Vila São Cottolengo está de portas abertas para receber a todos. Com bastante festa na sexta-feira que antecede a Novena do Divino Pai Eterno”.

Os estilos musicais cantados variam bastante: sertanejo, forró, pagode, rock e principalmente músicas religiosas. E para quem pensa que a rotina de apresentações cansa os artistas da Banda Inclusiva Luar, é muito pelo contrário. O interno, Diogo Ferreira, diz que fica muito emocionado, por isso, toca com muito amor para os visitantes.