Levando carinho e dignidade para pessoas em situação de rua
A solidariedade e o cuidado com o próximo são valores cristãos primordiais para todos, desde leigos, religiosos, sacerdotes e a comunidade em geral. Um exemplo disso é o “Movimento SOS”, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade social no Sul do país.
A ação surgiu em Curitiba, no Paraná, e leva dignidade a pessoas em situação de vulnerabilidade social. No momento, o Movimento SOS atende cerca de duas mil famílias, que são beneficiadas com esse gesto de amor e solidariedade.
O gesto concreto é pastoral, mas também humanitário. De acordo com o missionário redentorista padre Joaquim Parron, a ação oferta comida e cobertores. “Damos o peixe, mas ensinamos a pescar. Além desse trabalho assistencial, realizamos cursos profissionalizantes e encaminhando para o mercado de trabalho”, explica o padre.
Já são quatro anos de trabalho realizado, que iniciou na época da pandemia do coronavírus. Até o momento, mais de 200 pessoas que participaram dos cursos estão empregadas. Já são cinco vilas empobrecidas na região de Curitiba atendidas pelo projeto.
A missão do Movimento é a mesma que Jesus Cristo ensinou, ser misericordioso com o próximo. Padre Joaquim conta que “a Igreja Católica realiza um trabalho social em várias partes do mundo. E em Curitiba não é diferente, além de levarmos o pão da salvação que é a palavra de Jesus Cristo, levamos o material, pois quem passa fome tem pressa”.
As ações promovem o ser humano, homens e mulheres marginalizados, jovens e adolescentes. Os mais jovens, sem condições financeiras, contam com cursinho pré-vestibular com professores qualificados. E com ótimos resultados, pois, em 2022, foram várias aprovações em universidades muito concorridas, é o que informa o padre Parron.
A proposta é ajudar as pessoas a terem uma vida com dignidade. Por isso, além da missão social com a doação de alimentos, roupas, cobertores, materiais de higiene e limpeza, o Movimento promove também a formação de trabalhadores para o mercado de trabalho, auxilia na recolocação profissional e até mesmo na assistência médica.
As ações são possíveis pela colaboração da sociedade civil, que ajuda com doações e trabalhos voluntários para melhor servir a população. Pois a realidade dessas pessoas é bastante diferente daquela que se espera de uma sociedade considerada de primeiro mundo.
De acordo com o padre Parron, ele testemunha o seu chamado se doando ao próximo. “O ajudar é como ensina o Papa Francisco, uma Igreja em saída. E quem ajuda o próximo, se sente realizado e com o coração cheio de Deus. E todos podem contribuir em suas comunidades, é de pouco em pouco que se faz o grande”, finaliza o religioso.